CNJ manda investigar juiz do Tocantins que mudou a própria decisão no de-apenas-7h
CNJ manda investigar juiz do Tocantins que mudou a própria decisão no de-apenas-7h 1/5
SOB INVESTIGAÇÃO
CNJ manda investigar juiz do
Tocantins que mudou a própria
decisão no intervalo de apenas 7h
O Tribunal de Justiça do Tocantins tem prazo de 40 dias para concluir as diligências.
16/12/2019 AF Notícias | Direto ao Ponto | CNJ manda investigar juiz do Tocantins que mudou a própria decisão no intervalo de apenas 7h
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Por Arnaldo Filho
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16/12/2019 08h30 - Atualizado há 6 horas
16/12/2019 AF Notícias | Direto ao Ponto | CNJ manda investigar juiz do Tocantins que mudou a própria decisão no intervalo de apenas 7h
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O Corregedor Nacional de Justiça,
ministro Humberto Martins, determinou que
o Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO)
instaure procedimento investigativo contra
um juiz que revogou a própria decisão
horas depois de se encontrar com os
advogados de uma das partes no
processo.
A ação em questão se refere à disputa por
uma terra de 400 hectares da região de Porto Nacional, ocupada há cerca
de 30 anos por trabalhadores sem terra.
Juiz atua no Fórum de Porto Nacional (TO) / Foto: Divulgação
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O juiz Adriano Gomes de Melo Oliveira, da 1ª Vara Cível de Porto
Nacional, havia determinado a reintegração de posse, no entanto, horas
depois, revogou a decisão.
De acordo com a reclamação feita ao Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), os pedidos formulados pelos advogados do grupo sem terra eram
idênticos, mas geraram entendimentos diferentes num intervalo de
apenas sete horas.
De acordo com o despacho do ministro Humberto Martins, do dia 10 de
dezembro, as petições “que deram causa às duas decisões, separadas
por apenas sete horas, possuem idêntico teor e foram instruídas pelos
mesmos documentos”. Portanto, não haveria motivo para decisões
divergentes.
As decisões do juiz e o encontro com advogados ocorreram em 25 de
julho, e o magistrado não teria apresentado motivos plausíveis para
mudar de opinião. O processo tramita na Justiça desde 1989.
No pedido de abertura de investigação, dois advogados que representam
o suposto proprietário da área ocupada apontam “indício de que houve
ameaça ao magistrado ou transação ilícita nessa reunião”.
O Tribunal de Justiça do Tocantins tem prazo de 40 dias para concluir as
diligências.
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Procurada pela reportagem, a Corte informou que “o caso já está na
Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Tocantins” e disse que “não
se manifesta sobre casos que ainda estejam em investigação”.
INVESTIGAÇÃO PF
No ano passado, o desembargador Ronaldo Eurípedes, ex-presidente da
Corte, foi alvo de operação da Polícia Federal que investiga a suposta
venda de sentenças no tribunal. Eurípedes teria recebido R$ 300 mil para
liberação de um homem suspeito de envolvimento em um quádruplo
homicídio.
O magistrado alvo da investigação por mudar a própria decisão era um
dos juízes auxiliares da presidência do TJTO na gestão de Eurípedes
Lamounier (2017-2019) e foi também juiz auxiliar da Corregedoria-Geral
da Justiça.
As informações são do jornal Correio Braziliense.
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