A folia politizada Denúncias contra a miséria, a corrupção e a crise política e moral entram no enredo das escolas de samba e dão o tom da maior festa popular do Brasil neste ano
A folia politizada Denúncias contra a miséria, a corrupção e a crise política e moral entram no enredo das escolas de samba e dão o tom da maior festa popular do Brasil neste ano Elaine Lobato e Giorgia Cavicchioli08.02.18 - 18h20 A realidade se impôs sobre a imaginação no carnaval deste ano. Desde 1989, quando a Beija-Flor de Nilópolis desfilou, no Rio, com seus “Ratos e urubus: larguem a minha fantasia” e um Cristo censurado, não se anunciava uma festa como essa, tão orientada para denunciar as grandes mazelas nacionais, como a miséria e a corrupção e para avançar, no ritmo do samba, nas referências ao atribulado momento político. O que se verifica neste ano é que a crítica social se aprofundou, assim como a consciência da crise moral que assola o país. A folia se politizou. No Rio de Janeiro, os protestos sociais aparecem em pelo menos três escolas de samba, que se sobressaem por apresentar enredos com questionamentos ao difícil momento nacional: Beija-Flor, Estação Primeira da Man...