General não bate continência para capitão


General não bate continência para capitão

24 de Abril de 2019








Por Alex Solnik, colunista do 247 e membro do Jornalistas pela Democracia

Se tem uma coisa que os militares prezam é a hierarquia. Jair Bolsonaro deveria saber disso ao escolher um general para vice dele - que só chegou a capitão na hora de dar baixa do Exército. E em situação vexaminosa.

Não importa se, formalmente, ele foi deputado nos últimos 28 anos e Hamilton Mourão está na reserva. Não estão fardados agora, mas têm cabeça de militar. Saíram do Exército, mas o Exército não saiu deles.

Não adianta prepostos de Bolsonaro – Olavo e os príncipes herdeiros – apontarem seus canhões para ele, com sua total aprovação, aliás: general que é, e sabendo que vice não pode ser demitido, Mourão vai ficar na sua. E a guerra vai continuar.

Os militares são treinados para guerras. Por isso sempre parecem estar dentro de uma – real ou imaginária. E planejar ou imaginar conspirações também é típico de pessoas formadas na caserna. O Brasil vai ter que aguentar esse clima enquanto o governo durar.

O outro ponto do atrito entre eles é que Bolsonaro é fã da monarquia– já que seus principais conselheiros são seus príncipes herdeiros e seu Rasputin – o que lembra a corte dos Bragança, derrubados pelos militares a 15 de novembro de 1889 para fundar a República. Militar brasileiro sempre foi e sempre será inimigo do império. Mourão é republicano.

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