Cerca de 600 alunos estão sem aula há duas semanas por causa da greve de servidores da educação em Riachinho
Cerca de 600 alunos estão sem aula há duas semanas por causa da greve de servidores da educação em Riachinho
Pais se dizem preocupados com a paralisação das aulas nas escolas do município. Profissionais cobram reajusta salarial.
Servidores da educação reivindicam direitos em greve — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Cerca de 600 alunos estão sem aula há duas semanas no município de Riachinho. Os professores e outros servidores da educação municipal iniciaram a paralisação no dia 9 deste mês, mas até agora não houve um acordo com a prefeitura. A reivindicação é por melhorias salariais. Os profissionais alegam que a prefeitura reduziu há cerca de um ano e meio o salário em 20%. Eles estariam sem reajuste, recebendo a mesma remuneração em 2014.
A trabalhadora rural Valéria Gomes se emociona ao ver os dois filhos parados em casa. Os dois garotos estudam na mesma escola, mas estão sem aula desde o início do mês. "Eu morava na roça e vim para cá por conta de estrada, a chuva atrapalha muito o ônibus entrar para buscar os meus filhos. Aí vim morar na cidade e estou nessa situação, com os filhos sem estudar", relatou.
A única escola infantil da cidade atende cerca de 600 alunos, mas há duas semanas o prédio está vazio. São mais de 60 servidores. Parte deles vai para a frente da escola diariamente, como forma de manifestação.
Greve na educação: cerca de 600 alunos seguem há duas semanas sem aulas em Riachinho
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Greve na educação: cerca de 600 alunos seguem há duas semanas sem aulas em Riachinho
"Quando a gente fez a nossa primeira proposta, nós aguardamos praticamente dois anos uma resposta e não obtivemos. Devido a esse silêncio da gestão, nós resolvemos paralisar", explicou a professora Lilian Feitosa.
O professor de história Francisco Balisa trabalha nessa escola há 21 anos. Mesmo tendo feito especialização na área, o salário dele é de R$ 2.688. Segundo o professor, com a progressão deveria ser de R$ 3,9 mil. "A gente só queria, nada mais nada menos, que fizesse essa regulamentação para que a gente pudesse se sentir mais valorizado e trabalhar com mais vontade".
Alguns dos professores que dão aula numa escola da zona rural também aderirem à greve. "Nossa briga é para legalizar o nosso direito que de fato, é direito nosso, nós lutamos, estudamos para chegar nessa posição", disse a professora Antônia Reis.
A TV Anhanguera foi até a cidade, mas não conseguiu falar com a prefeita Divina Ribeiro, nem com o secretário de educação. O advogado da prefeitura informou que não irá se manifestar.
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