Sete pessoas são detidas por crime eleitoral durante eleição suplementar no Tocantins Três vice-prefeitos e dois vereadores estão envolvidos nas ocorrências. As informações foram divulgadas no balanço do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Sete pessoas são detidas por crime eleitoral durante eleição suplementar no Tocantins
Três vice-prefeitos e dois vereadores estão envolvidos nas ocorrências. As informações foram divulgadas no balanço do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Por G1 Tocantins
03/06/2018 14h04 Atualizado há 5 horas
Cinco políticos são detidos por suspeita de compra de votos no Tocantins
Sete pessoas foram detidas por crimes eleitorais neste domingo (3), no Tocantins, durante a eleição suplementar que ocorre no estado. Entre os presos, há cinco políticos e dois civis, de acordo com a Polícia Civil. Há casos de transporte irregular de eleitores e de compra de votos.
O Tocantins passa por uma eleição suplementar (fora do calendário normal) porque o Tribunal Superior Eleitoral cassou o então governador Marcelo Miranda (MDB) e a vice dele, Cláudia Lelis (PV) por captação ilegal de recursos para a campanha eleitoral de 2014. Quem vencer esta eleição suplementar deve ficar no cargo até o fim do ano e pode concorrer em outubro à reeleição.
Entre os políticos detidos, estão os vice-prefeitos de Carrasco Bonito e Pium. Eles foram presos em flagrante fazendo transporte irregular de eleitores. O vice-prefeito de Dois Irmãos e um vereador de Miranorte foram presos por propaganda eleitoral irregular no dia da votação. Um vereador de Alvorada foi flagrado tentando comprar votos em uma escola.
Casos de crimes eleitorais
O vereador detido em Alvorada estava com material de campanha de Carlos Amastha (PSB), um dos candidatos a governador. O departamento jurídico da Coligação 'A verdadeira Mudança' e o candidato Carlos Amastha informaram que desconhecem o caso. Ressaltaram também que repudiam qualquer prática nesse sentido ou qualquer outra que afronte a lisura do pleito eleitoral. O G1 tenta contato com a defesa do vereador.
Na região norte do estado, o vice-prefeito de Carrasco Bonito, Manoel Messias de Freitas, foi preso em flagrante fazendo transporte irregular de 13 eleitores em uma caminhonete. Conforme a Polícia Civil, os eleitores tinham recebido a promessa de receber R$ 50 após votarem na candidata Kátia Abreu (PDT).
"Visualizamos o veículo dele na rodovia, uma caminhonete, onde tinha 13 adultos e mais três crianças. Fizemos a entrevista informal com o pessoal e eles relataram que foram para votar em Kátia Abreu e ao final receberiam R$ 50 de um vereador da cidade", explicou o delegado Thyago Busttorff.
Outra ocorrência de transporte irregular de eleitores foi em Natividade, na região sudeste do estado. Conforme o Tribunal Regional Eleitoral, Lucas Bonfim Pinto Cerqueira foi autuado. No veículo que ele estava foram encontrados materiais de campanha da candidata Kátia Abreu.
Na região central do estado, o vice-prefeito de Dois Irmãos, Lourenço Oliveira da Luz, foi autuado em flagrante por suposta prática de divulgação de propaganda eleitoral. Ele estaria distribuindo santinhos do candidato Vicentinho Alves (PR).
Polícia flagra vice-prefeito transportando eleitores em Carrasco Bonito (Foto: Divulgação)
Em resposta, a coligação “A vez dos Tocantinenses”, de Vicentinho, afirma que desconhece esta informação e reforça que a orientação para toda a equipe e apoiadores foi a de cumprir rigorosamente a legislação eleitoral.
Outro caso de transporte irregular de eleitores foi em Miranorte, também na região central. Conforme o TRE, o vereador Adriano Santiago foi flagrado também com material de campanha do candidato Vicentinho Alves.
Em Pium, Domingos Borges, que é vice-prefeito da cidade, foi flagrado fazendo transporte irregular de passageiros. Porém, no caso dele, não foi encontrado nenhum material de campanha.
A Polícia Civil informou que também fez uma prisão em Tupirama, região central do estado, por propaganda irregular no dia da eleição. Não foi informado de qual candidato era a o material apreendido.
O G1 questionou a candidata Kátia Abreu sobre os casos envolvendo material de campanha dela e aguarda resposta. Ainda tentamos contato com as defesas dos demais citados na reportagem.
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