O momento de Netanyahu

Por Hugh Hewitt 8 de maio às 16:54 

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fala durante uma coletiva de imprensa em Tel Aviv, Israel, em 30 de abril. (Amir Cohen / Reuters)

Chame isso de Netanyahu Moment.

Quando isso for publicado, o Irã pode ter desencadeado uma guerra que não tem limite discernível em suas escaladas. "A embaixada dos Estados Unidos em Israel na terça-feira proibiu que funcionários do governo americano viajassem para as Colinas de Golã sem aprovação prévia", relata o Times de Israel , "em meio a temores de um ataque iraniano da vizinha Síria". A liderança do Corpo de Guarda ou ambos pensam que podem calcular a reação de Israel a qualquer uso de armas contra o Estado judeu, eles estão muito enganados.

Os mulás não viram a agência de espionagem de Israel, Mossad, entrando no coração de seu país para um  esconderijo de documentos de armas nucleares , e eles não vêem o que está por vir se aumentarem o confronto com o primeiro-ministro Netanyahu. As manchetes são terríveis, mas não tão terríveis quanto o que se seguiria para a república islâmica se lançasse um ataque contra Israel.

Como a maioria dos americanos, eu conheço Israel através do prisma de Netanyahu, e se a coletiva de imprensa da semana passada sobre os arquivos obtidos do Irã for algum indicador, o primeiro-ministro está estragando uma briga. Apesar de Netanyahu estar rodeado de escândalos, eles são mais como os escândalos que cercaram Bill Clinton do que os que cercaram Richard Nixon: eles incomodam e distraem, mas não tombam. Quem, afinal, os israelenses e americanos queriam no topo do governo em uma guerra real? Quem eles gostariam de discar para ajudar o Presidente Trump, o Vice-Presidente Pence, o Secretário de Estado Mike Pompeo e o Secretário de Defesa Jim Mattis?

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O editor do Democracy Post, Christian Caryl, analisa a apresentação do líder israelense sobre o programa nuclear do Irã neste clipe de "It's Only Thursday". (The Washington Post)

Embora todos esses importantes americanos conheçam e respeitem o embaixador de Israel nos EUA, Ron Dermer, e seu antecessor e atual vice-ministro Michael Oren, apenas Oren tem uma chance real de se tornar primeiro-ministro e as chances de um rosto completamente novo atrair A liderança política americana é menos que excelente. É aqui que Netanyahu tem uma vantagem, mesmo quando seus críticos políticos crescem em volume e número.

“Bibi trabalha, sem férias, sem uma tarde de folga, 20 horas por dia”, contou-me um político israelense ligado, usando o apelido de Netanyahu. “Você pode contar com quatro dedos as pessoas que podem substituí-lo, e talvez não quatro. Ele é o maior comunicador do mundo, gênio político e economista de classe mundial. ... Ele seria um ato muito, muito difícil de seguir.

E se o Irã iniciar uma batalha, não há ninguém agora para seguir esse ato. Netanyahu estabeleceu a base moral para transformá-lo em uma guerra, especialmente se os mísseis que voam forem feitos no Irã, inevitavelmente se forem lançados do Irã.

Israel desenhou linhas vermelhas, "linhas vermelhas muito brilhantes", diz Oren. E apesar de todos os movimentos internos e, pelo menos para os americanos, desconcertantes giros da política israelense, esse é o momento de Netanyahu se o Irã cruzar qualquer uma dessas linhas vermelhas.