KATIA ABREU-Kátia Abreu: "Arruinaram o TO sem dó ou piedade, mas vou reconstruí-lo com toda a minha força”


Kátia Abreu: "Arruinaram o TO sem dó ou piedade, mas vou reconstruí-lo com toda a minha força” (Foto: Ademir dos Anjos)
Política
Kátia garante que colocará o Tocantins nos eixos “antes que 2018 vire 2019”: “Compromisso de honra”
Por Redação última atualização 15 maio, 2018 às 7:58



A senadora Kátia Abreu (PDT), da coligação “Reconstruindo o Tocantins”, é a segunda entrevistada da série do CT com os candidatos desta eleição suplementar. Ela insistiu ao longo das perguntas no fato de ter solução para os problemas mais graves do Estado, mas ressaltou estar consciente “da péssima situação que deixaram nosso Estado”. “Arruinaram o Tocantins sem dó ou piedade, mas vou reconstruí-lo com toda a minha força, minha capacidade de trabalho”, asseverou.

A candidata garantiu ainda que vai mostrar, “no dia a dia do trabalho, com a força do exemplo, que é possível governar sem corrupção, sem medo nem miséria, com menos desigualdade e menos desespero”. “Quem trabalha comigo sabe que precisa ser honesto, ter qualificação e experiência para atender bem as pessoas. Não estou na vida a passeio, vim neste mundo a trabalho e tenho confiança na minha capacidade. Eu não prometo a mudança, eu sei como fazer as mudanças”, avisou.


Só na novela um sujeito leva tiro aqui no Tocantins e escapa da morte. Com o sistema de saúde que temos, as pessoas morrem nas filas até sem levar tiro nenhum. Infelizmente. Não temos saúde no Tocantins, apesar de gastos elevados no setor
KÁTIA ABREUCandidata da coligação Reconstruindo o Tocantins

Dessa forma, certa de que sabe o que fazer, Kátia disse que faz “um compromisso de honra” com o eleitor: “Vou pôr o Tocantins nos eixos antes que 2018 vire 2019”.

Confira a seguir a íntegra da entrevista de Kátia Abreu:

CT — O governo do Tocantins deve R$ 1,3 bilhão para fornecedores, prestadores de serviços, consignados e Igeprev. Tem um passivo de mais de R$ 1 bilhão de direitos trabalhistas. Está desenquadrado em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), com quase 55% de comprometimento da Receita Corrente Líquida com a folha. Todos os últimos governadores prometeram uma mudança radical na vida do Estado, mas, ao assumirem, apenas reclamaram da “herança maldita”. Como se vê, já é totalmente conhecido o caos financeiro e fiscal do Tocantins. Se assumir o Palácio Araguaia, a sra. considera que ainda terá direito de se dizer surpreendido pelos números? E o que fazer diante de tamanho caos administrativo, financeiro e fiscal?

Kátia Abreu — Nada é impossível de mudar. Se eu não acreditasse nisso não seria candidata. Tenho levantamentos dos problemas que me aguardam no governo. Estou consciente da péssima situação que deixaram nosso Estado. Arruinaram o Tocantins sem dó ou piedade, mas vou reconstruí-lo com toda a minha força, minha capacidade de trabalho.

Sou mulher, faço tudo como mulher, mas não existe isso de homens com vigor, enquanto as mulheres se perdem na doçura. Eu quero e vou governar com o vigor de uma mulher. E com a ajuda de todos os homens e mulheres do Tocantins.
ENTREVISTA ANTERIOR

Amastha diz que despachará dos hospitais no 1º mês e só gastará com emendas e publicidade após regularizar salário de servidor

CT — Os Poderes hoje recebem o duodécimo sobre o orçado e não o arrecadado. Têm os maiores salários, projetos milionários, empurram seus aposentados para a conta do Igeprev, aliviando seus orçamentos. A sra. pretende fazer uma conversa com os Poderes sobre a contribuição deles para solucionar a crise do Estado?

Kátia Abreu — Ninguém está dispensado de contribuir na reconstrução do Tocantins. Vou negociar com os demais poderes de forma altiva. Sou representante de todos os tocantinenses, mas em primeiro lugar estão aqueles que dependem do Estado para sobreviver. Não é possível tanta desigualdade e tanta insensibilidade com a dor dos mais pobres. Os outros poderes terão oportunidade de contribuir para aliviar isso.

CT — Uma das reclamações mais frequentes é sobre o excesso de nomeações de cabos eleitorais para atender deputados e conquistar apoio de todo o Estado. Como a sra. avalia essa preocupação e como pretende lidar com esta questão?

Kátia Abreu — Infelizmente, esse não é um problema exclusivo do Tocantins e, muito menos, no legislativo tocantinense. O empreguismo, uma erva daninha do serviço público no Brasil tem rama forte no nosso Estado. O emprego só se justifica quando há serviço a ser prestado. Sei como lidar com isso.

Comecei como presidente do Sindicato Rural, depois fui presidente de Federação da Agricultura, deputada federal, senadora da República, presidente da CNA e ministra da Agricultura. Sempre soube reunir equipes técnicas para tocar os projetos, sem empreguismo. Quem trabalha comigo sabe que precisa ser honesto e ter qualificação e experiência para atender bem as pessoas. Não estou na vida a passeio, vim neste mundo a trabalho e tenho confiança na minha capacidade. Eu não prometo a mudança, eu sei como fazer as mudanças.

As pessoas têm que se dar conta de que nenhum governo gera riqueza, ele redistribui. Portanto, para que sobre mais no bolso do cidadão, a máquina tem que ser enxuta.

CT — Se eleita, a sra. terá um mandato de seis meses, apenas. A despeito de concorrer ou não em outubro, e considerando também as eleições ordinárias, o que dá para fazer em tão pouco tempo?

Kátia Abreu — Estive um ano e três meses no Ministério da Agricultura e tenho orgulho de dizer que consegui realizações que vão melhorar a vida do Tocantins pelos próximos anos, como o decreto de criação do Matopiba; a construção e implementação da Embrapa em Palmas, entrega de 83 tratores, quatro perfuratrizes para construção de poços artesianos no Matopiba. Sabendo trabalhar, uma pessoa move para melhor o mundo de outras pessoas. Vou pôr o Tocantins nos eixos antes que 2018 vire 2019. Este é um compromisso de honra que assumo com os eleitores.


Não há um quadro técnico dos bancos de investimentos que não tenha escutado o nome Kátia Abreu. Aquilo lá é uma guerra para conseguir recursos, mas sei onde buscar e sou boa de briga
KÁTIA ABREUCandidata da coligação Reconstruindo o Tocantins

CT — Cinco dos seis ex-governadores do Tocantins enfrentam graves problemas com o Judiciário. O Estado viu ex-governador sendo preso, conduzido coercivamente, suspeitas de desvios de milhões. Ou seja, o eleitor tem todo o direito de estar desconfiado. Como resgatar a confiança do eleitor na figura da maior autoridade do Estado nesse contexto?

Kátia Abreu — As palavras voam, o exemplo arrasta. Vamos mostrar, no dia a dia do trabalho, com a força do exemplo, que é possível governar sem corrupção, sem medo nem miséria, com menos desigualdade e menos desespero. Não é por acaso que estou há mais de três décadas contando com o voto e a confiança da população do Tocantins. Peço a todos que continuem tendo fé e esperança. Vamos sair do atoleiro.

CT — Um dos problemas mais graves e urgentes do Estado é com a saúde. Morte de bebês cardiopatas, filas em hospitais, falta de remédio para pacientes de câncer, prédios de hospitais sucateados [caso do Dona Regina, que engenheiros dizem não ter condições para continuar como uma unidade hospitalar]. Diante da crise financeira e fiscal, comprometimento elevado da receita com pessoal, como dar dignidade ao cidadão que busca atendimento na área de saúde?

Kátia Abreu — Só na novela um sujeito leva tiro aqui no Tocantins e escapa da morte. Com o sistema de saúde que temos, as pessoas morrem nas filas até sem levar tiro nenhum. Infelizmente. Não temos saúde no Tocantins, apesar de gastos elevados no setor. Há quase 6 mil pessoas esperando por uma cirurgia. Vou resolver isso. E vou melhorar o sistema de saúde como um todo.

Sei como dói ver um filho, um pai, um irmão ou um amigo doente. Vamos pagar em dia fornecedores, médicos e auxiliares. E exigir em contra-partida bons serviços. Vamos agilizar o atendimento por meio de mutirões de exames, consultas e cirurgias. E vamos acabar com todas as obras paradas, a começar pelo Hospital de Gurupi.

CT — Como o Estado tem papel fundamental para a economia regional se movimentar, o que os fornecedores, que tem para receber R$ 344.850.827,99, podem esperar de sua gestão?

Kátia Abreu — Não vou fazer um governo para o passado, o sentido da vida é para a frente. Vou cumprir tudo que tiver de ser cumprido para evitar transtornos à população. Uma coisa posso garantir, o que puder de ser pago, será pago. E isso não é benefício apenas para aqueles que recebem diretamente do governo. É um dinheiro que circula na economia gerando renda para muito mais gente.

CT — As perdas do Igeprev com investimentos de risco em governos anteriores podem chegar a R$ 1 bilhão. Além disso, o Estado deve R$ 351.786.355,25 retidos dos servidores e do patronal e não repassados. Há um risco de ter que, no curto prazo, aumentar a contribuição do servidor para o instituto, ou logo o Igeprev se tornará deficitário e o Estado terá que complementar a folha. Como a sra. pretende lidar com essas questões, caso eleita?

Kátia Abreu — Dinheiro não nasce em árvore. Todo o mundo sabe, ou deveria saber disso. O Igeprev é uma unha que temos de desencravar com a participação da Justiça. Precisamos preservar os servidores que trabalharam a vida inteira e fazem jus às aposentadorias. Vamos atrás de quem causou os prejuízos e buscar Justiça. Quem roubou, quem causou prejuízos ao Estado e aos seus servidores, tem de pagar com penas proporcionais aos crimes cometidos.


Minha vida é limpa. Não estou nisso para me beneficiar, para destruir adversários, ou por vaidade oca. Podem me caluniar, como me caluniam, mas sabem que sou capaz e sempre fui capaz de superar todo e qualquer obstáculo. Me preparei para governar nosso Estado. Estou pronta
KÁTIA ABREUCandidata da coligação Reconstruindo o Tocantins

CT — Há um déficit enorme de Policiais Militares na Corporação. O governo Marcelo Miranda preparou um concurso para mil policiais, mas os sindicatos defendem pelo menos 2 mil novas vagas. No entanto, novamente, volta o tema da crise financeira e fiscal. Na outra ponta, a violência é muito grande nos principais municípios, com números elevados de assassinatos em cidades como Araguaína e Gurupi. Droga por todos os municípios. Na Polícia Civil não é diferente: faltam policiais, delegados e as delegacias e viaturas são precárias. Como aliviar o clamor do cidadão por mais segurança, em meio à falta de recursos.

Kátia Abreu — A segurança pública é prioridade e requer medidas emergenciais. A polícia do Estado é honesta, mas está desprestigiada e desmotiva. Não tem ânimo para perseguir bandidos. Vou modernizar, investir em inteligência e garantir a segurança do cidadão. Temos quase 800 policiais em desvio de função, inclusive em prédios públicos, mas eles terão de retornar. Cada escola terá um policial armado para espantar traficantes. Vou expulsar a bandidagem deste Estado.

CT — Por que a sra. deve ser eleita e não seus adversários? Qual a sua diferença em relação a eles?

Kátia Abreu — Não sou melhor do que ninguém, sou diferente. Tenho todas as condições de obter sucesso na guerra pelas verbas da União para o Tocantins porque todo o mundo me conhece em Brasília. Não há um quadro técnico dos bancos de investimentos que não tenha escutado o nome Kátia Abreu. Aquilo lá é uma guerra para conseguir recursos, mas sei onde buscar e sou boa de briga. O povo do Tocantins pode confiar em mim como eu confio nele. Vou lutar pelo Tocantins como tenho lutado há mais de 30 anos.

Se tivesse alguma coisa contra mim eu não estaria aqui. Minha vida é limpa. Não estou nisso para me beneficiar, para destruir adversários, ou por vaidade oca. Podem me caluniar, como me caluniam, mas sabem que sou capaz e sempre fui capaz de superar todo e qualquer obstáculo. Me preparei para governar nosso Estado. Estou pronta.

“RECONSTRUINDO O TOCANTINS”

Governador:
Kátia Abreu (PDT)
Vice-Governador:
Marco Antônio Costa (PSD)
Coligação:
PDT, PSD, PEN, PSC e Avante

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

VAZARAM AS FOTOS DE PAOLA OLIVEIRA NUA-Paolla oliveira nua pelada

Cheon Il Guk Matching Engagement Ceremony- O REINO DOS CÉUS NA TERRA E NO CÉU

Menino ficou em barril por pegar "comida que não devia", diz investigação