Investigado pela PF, procurador-geral de Justiça do Tocantins pede para se aposentar Valor da aposentadoria de Clenan Renault de Melo Pereira será de mais de R$ 30 mil. Ele era chefe do Ministério Público Estadual do Tocantins.


Investigado pela PF, procurador-geral de Justiça do Tocantins pede para se aposentar

Valor da aposentadoria de Clenan Renault de Melo Pereira será de mais de R$ 30 mil. Ele era chefe do Ministério Público Estadual do Tocantins.




Por G1 Tocantins

21/05/2018 19h34 Atualizado há 1 hora




Clenan Renaut era chefe do MPE do Tocantins (Foto: Reprodução/TV Globo)



O procurador-geral de Justiça do Tocantins, Clenan Renault de Melo Pereira, pediu aposentadoria voluntária nesta segunda-feira (21). Renault era o chefe do Ministério Público Estadual e é alvo de uma investigação da Polícia Federal desde o ano passado. Quem assume o comando do MPE é o subprocurador José Omar de Almeida Júnior.


Almeida Júnior fica no cargo até o dia 14 de dezembro, quando termina o atual mandado.


A aposentadoria de Clenan Renault será de R$ 30.471,11 mensais. O valor será pago pelo Fundo de Previdência do Estado do Tocantins (Funprev).


Ele disse que tomou a decisão para poder se dedicar à família e cuidar da própria saúde. Renault tem 71 anos. "Garanto a todos, com toda a força do meu ser, que busquei fazer o melhor sem errar. Se errei, foi tentando acertar", disse ele.


Ele foi um dos alvos da 5ª fase da operação Ápia, da Polícia Federal, em agosto de 2017, suspeito de recomendar que o governo estadual fizesse pagamentos para uma empresa suspeita de fraude.


Além de ser alvo da Ápia, em abril deste ano, o ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça, determinou abertura de outros sete inquéritos para investigar crimes envolvendo o ex-governador Marcelo Miranda. Um dos inquéritos tem como alvo o procurador-geral e parentes dele.


Uma sindicância contra ele foi instaurada em agosto de 2017, mas chegou a ser arquivada por decisão monocrática da corregedoria. O processo foi reaberto no dia 15 de maio pelo Conselho Nacional de Justiça.


Na época da operação, o procurador-geral foi um dos alvos porque teria enviado ofícios para o governo do Tocantins recomendando o pagamento de uma obra de rodovia que estava sob suspeita.


O pagamento seria para uma empreiteira que era cliente do escritório de advocacia dos filhos dele. Essa fase da operação, feita nesta sexta-feira (18), foi nomeada como Convergência.

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