COREIA DO NORTE Três americanos presos na Coreia do Norte foram libertados, diz Trump Mike Pompeo, secretário de Estado que está no país, trará cidadãos de volta, diz presidente
COREIA DO NORTE
Três americanos presos na Coreia do Norte foram libertados, diz Trump
Mike Pompeo, secretário de Estado que está no país, trará cidadãos de volta, diz presidente
9.mai.2018 às 9h47Atualizado: 9.mai.2018 às 10h11
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WASHINGTON e SEUL
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (9) que os três americanos detidos na Coreia do Norte foram soltos.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, cumprimenta o ditador Kim Jong-un durante visita à Coreia do Norte no final de abril - Governo dos EUA/Divulgação - 26.abr.18/AFP
"Estou feliz em informar que o secretário Mike Pompeo está no ar voltando da Coreia do Norte com os três maravilhosos cavalheiros que todos querem conhecer. Eles parecem estar em boas condições de saúde", disse o republicano.
A ida de Pompeo à Coreia do Norte foi anunciada por Trump ontem durante a fala do presidente sobre a saída dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã. O secretário de Estado foi ao país para acertar os detalhes do encontro entre Trump e o ditador Kim Jong-un.
Segundo Trump, o local e a data da reunião estão marcados e serão divulgados nos próximos dias. Trump apenas descartou que o encontro ocorra na Zona Desmilitarizada das Coreias, onde ocorreu a cúpulaentre Kim e o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in.
A soltura dos americanos foi vista como um gesto de Kim para melhorar as relações com os EUA, que possivelmente exigiram a concessão como condição para a reunião entre Trump e Kim.
A aproximação entre EUA e Coreia do Norte veio depois de, no ano passado, os líderes dos países trocarem insultos e ameaças e o regime de Kim fazer testes nucleares e de mísseis intercontinentais.
Kim anunciou recentemente que a Coreia do Norte deixaria de fazer testes de armas nucleares e que abandonaria seu local de testes atômicos. O ditador se encontrou no final de abril com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e os países negociam a implantação de um acordo de paz para desarmar a península e encerrar formalmente a guerra entre as duas Coreias.
PRISIONEIROS
Os três americanos —Kim Dong-chul, Tony Kim e Kim Hak-song— são coreano-americanos e foram detidos por espionagem ou "atos hostis" na Coreia do Norte. Todos foram detidos nos últimos três anos.
Kim Dong-chul, empresário, foi condenado a dez anos de trabalhos forçados por espionagem. Ele diz ter sido preso em outubro de 2015 ao se encontrar com um soldado norte-coreano que lhe passaria informações.
Tony Kim foi preso em abril de 2017; ele havia passado um mês dando aulas de contabilidade na Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang, uma instituição cristã, e foi detido ao tentar embarcar no avião quando estava deixando o país.
Já Kim Hak-song foi detido em maio de 2017; ele estava na Coreia do Norte para fazer pesquisas na área de agricultura da mesma universidade. Nascido na China, perto da fronteira com a Coreia do Norte, ele emigrou aos EUA nos anos 1990 e se tornou cidadão americano.
A detenção de americanos pelo regime de Kim vinha sendo um ponto de tensão entre os países, especialmente depois que a Coreia do Norte prendeu Otto Warmbier, acusado de tentar roubar um pôster durante viagem ao país e condenado a 15 anos de trabalhos forçados. Libertado em junho do ano passado, ele estava em coma e morreu alguns dias depois nos EUA.
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