Audiência foi uma ação movida pelo MPE e pela Defensoria Pública, depois da 4ª morte de recém-nascidos neste ano
Audiência foi uma ação movida pelo MPE e pela Defensoria Pública, depois da 4ª morte de recém-nascidos neste ano (Foto: Divulgação)
Estado
Para evitar mais mortes de bebês, Estado quer autorização para pagar cirurgias cardíacas à vista
Em audiência, MPE e DPE defendem que HGP adquira os materiais e treine equipe para, em 12 meses, realizar cirurgias cardíacas em recém-nascidos
Por Redação última atualização 9 maio, 2018 às 5:56
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O Estado propôs em audiência no Juizado Especial da Infância e Juventude de Palmas, nessa terça-feira, 8, que a Secretaria Estadual da Saúde (Sesau) seja autorizada a pagar antecipadamente os procedimentos cardíacos de urgência para evitar outras mortes de bebês. É que o pagamento à vista é imposto por alguns hospitais privados para fazerem as cirurgias.
A audiência foi uma ação movida pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pela Defensoria Pública do Estado (DPE), depois da quarta morte de recém-nascidos neste ano, no dia 29, à espera de cirurgia, e do sufoco que foi semana passada para assegurar o atendimento a outra criança de 17 dias, que acabou operada em Goiânia, após a Justiça bloquear as contas do governo para o procedimento ser pago antecipadamente. Os dois órgãos querem que o Hospital Geral de Palmas (HGP) possa se preparar para realizar este tipo de cirurgia em 12 meses.
A reclamação dos órgãos de controle é que o Estado vem descumprindo uma liminar que o obriga a garantir assistência a todos os pacientes, a partir do momento em que for diagnosticada a cardiopatia congênita. Diante do quadro atual, MPE, DPE e a administração estadual discutiram, na audiência, estratégias de atuação para o cumprimento da liminar.Audiência no Juizado Especial da Infância e Juventude de Palmas nessa terça (Foto: Marcelo de Deus/MPE)
Algumas ações imediatas e de curto e médio prazo foram propostas, mas ainda serão avaliadas pelo juiz Frederico Paiva Bandeira de Souza. O processo encontra-se concluso para decisão.
A fim de atender os casos individuais imediatos, foi proposto pelos órgãos de controle que o Estado realize cotações de preços e requisite administrativamente o prestador privado que oferecer menor valor. Mas por isso que os representantes do Estado propuseram que a Sesau seja autorizada a pagar antecipadamente os procedimentos.
MPE e DPE ainda propuseram também que o Estado realize os procedimentos para a contratação de prestador de serviço que venha a atender a integralidade da demanda, devendo firmar contrato no prazo de 60 dias.
Em 12 meses
Como solução de longo prazo, os órgãos de controle defenderam que o Estado organize o serviço e passe a oferecer esse tipo de procedimento diretamente no prazo de 12 meses, devendo adquirir os materiais necessários e treinar equipes para a realização das cirurgias cardíacas pediátricas. Uma opção seria implementar o serviço no HGP.
O MPE foi representado na audiência pela Promotora de Justiça Maria Roseli de Almeida Pery e a DPE foi representada pelo Defensor Público Arthur Luiz de Pádua Marques.
LEIA MAIS
— Justiça manda bloquear R$ 271 mil do Estado para cirurgia cardíaca de bebê— Caso da bebê: defensor diz que Estado não precisa esperar bloqueio para pagar hospital— Justiça dá 24 horas ao Estado para transferir outro bebê com cardiopatia para cirurgia
Cirurgias eletivas e leitos de UTI
Também nessa terça-feira foram realizadas audiências no Juizado Especial da Infância e Juventude de Palmas para discutir as ações judiciais do MPE e DPE que requerem a regularização da realização de cirurgias pediátricas eletivas e da oferta de leitos de UTI neonatal.
Sobre as cirurgias pediátricas eletivas, ficou acordado que estas serão atendidas no mutirão de cirurgias que está sendo organizado pelo Estado a partir da Medida Provisória nº 001/2018. Na audiência, o Estado comprometeu-se a dar início ao mutirão em caráter de “projeto piloto” no prazo de 20 dias e de iniciar sua execução efetiva 20 dias depois.
A demanda por cirurgias pediátricas eletivas no Estado era de cerca de mil pacientes em 2017 e, atualmente, é de 806 pacientes. Segundo informações da Sesau, 501 cirurgias desta especialidade foram realizadas em 2017 e 164 aconteceram em 2018, até o mês de março.
Sobre a oferta de leitos de UTI neonatal, ficou definido que em 15 dias deve ser firmado acordo entre as partes para solucionar o problema. A expectativa é de que a rede privada seja credenciada para a oferta de 12 leitos complementares, bem como que sejam instalados leitos de Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) e que o Estado passe a oferecer serviço de home care (atendimento domiciliar), que proporcionarão maior rotatividade dos leitos de UTI. (Com informações da Ascom do MPE)
Estado
Para evitar mais mortes de bebês, Estado quer autorização para pagar cirurgias cardíacas à vista
Em audiência, MPE e DPE defendem que HGP adquira os materiais e treine equipe para, em 12 meses, realizar cirurgias cardíacas em recém-nascidos
Por Redação última atualização 9 maio, 2018 às 5:56
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O Estado propôs em audiência no Juizado Especial da Infância e Juventude de Palmas, nessa terça-feira, 8, que a Secretaria Estadual da Saúde (Sesau) seja autorizada a pagar antecipadamente os procedimentos cardíacos de urgência para evitar outras mortes de bebês. É que o pagamento à vista é imposto por alguns hospitais privados para fazerem as cirurgias.
A audiência foi uma ação movida pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pela Defensoria Pública do Estado (DPE), depois da quarta morte de recém-nascidos neste ano, no dia 29, à espera de cirurgia, e do sufoco que foi semana passada para assegurar o atendimento a outra criança de 17 dias, que acabou operada em Goiânia, após a Justiça bloquear as contas do governo para o procedimento ser pago antecipadamente. Os dois órgãos querem que o Hospital Geral de Palmas (HGP) possa se preparar para realizar este tipo de cirurgia em 12 meses.
A reclamação dos órgãos de controle é que o Estado vem descumprindo uma liminar que o obriga a garantir assistência a todos os pacientes, a partir do momento em que for diagnosticada a cardiopatia congênita. Diante do quadro atual, MPE, DPE e a administração estadual discutiram, na audiência, estratégias de atuação para o cumprimento da liminar.Audiência no Juizado Especial da Infância e Juventude de Palmas nessa terça (Foto: Marcelo de Deus/MPE)
Algumas ações imediatas e de curto e médio prazo foram propostas, mas ainda serão avaliadas pelo juiz Frederico Paiva Bandeira de Souza. O processo encontra-se concluso para decisão.
A fim de atender os casos individuais imediatos, foi proposto pelos órgãos de controle que o Estado realize cotações de preços e requisite administrativamente o prestador privado que oferecer menor valor. Mas por isso que os representantes do Estado propuseram que a Sesau seja autorizada a pagar antecipadamente os procedimentos.
MPE e DPE ainda propuseram também que o Estado realize os procedimentos para a contratação de prestador de serviço que venha a atender a integralidade da demanda, devendo firmar contrato no prazo de 60 dias.
Em 12 meses
Como solução de longo prazo, os órgãos de controle defenderam que o Estado organize o serviço e passe a oferecer esse tipo de procedimento diretamente no prazo de 12 meses, devendo adquirir os materiais necessários e treinar equipes para a realização das cirurgias cardíacas pediátricas. Uma opção seria implementar o serviço no HGP.
O MPE foi representado na audiência pela Promotora de Justiça Maria Roseli de Almeida Pery e a DPE foi representada pelo Defensor Público Arthur Luiz de Pádua Marques.
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Cirurgias eletivas e leitos de UTI
Também nessa terça-feira foram realizadas audiências no Juizado Especial da Infância e Juventude de Palmas para discutir as ações judiciais do MPE e DPE que requerem a regularização da realização de cirurgias pediátricas eletivas e da oferta de leitos de UTI neonatal.
Sobre as cirurgias pediátricas eletivas, ficou acordado que estas serão atendidas no mutirão de cirurgias que está sendo organizado pelo Estado a partir da Medida Provisória nº 001/2018. Na audiência, o Estado comprometeu-se a dar início ao mutirão em caráter de “projeto piloto” no prazo de 20 dias e de iniciar sua execução efetiva 20 dias depois.
A demanda por cirurgias pediátricas eletivas no Estado era de cerca de mil pacientes em 2017 e, atualmente, é de 806 pacientes. Segundo informações da Sesau, 501 cirurgias desta especialidade foram realizadas em 2017 e 164 aconteceram em 2018, até o mês de março.
Sobre a oferta de leitos de UTI neonatal, ficou definido que em 15 dias deve ser firmado acordo entre as partes para solucionar o problema. A expectativa é de que a rede privada seja credenciada para a oferta de 12 leitos complementares, bem como que sejam instalados leitos de Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) e que o Estado passe a oferecer serviço de home care (atendimento domiciliar), que proporcionarão maior rotatividade dos leitos de UTI. (Com informações da Ascom do MPE)
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