Após fala de Trump, Israel dispara mísseis contra a Síria Autoridades israelenses orientam população de Golã a preparar abrigos antibombas



Após fala de Trump, Israel dispara mísseis contra a Síria
Autoridades israelenses orientam população de Golã a preparar abrigos antibombas



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O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, faz discurso na TV sobre decisão dos EUA de sair de acordo nuclear com o Irã, em Jerusalém - Thomas Coex/AFP

8.mai.2018 às 17h50

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JERUSALÉM , BEIRUTE e DAMASCO


A Síria acusou Israel de ter lançado mísseis contra alvo próximo à capital, Damasco, pouco depois de presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar a saída dos EUA do acordo nuclear iraniano.

O Exército de Israel afirmou que, ao identificar "atividades irregulares" de forças iranianas na Síria, instruiu as autoridades civis nas Colinas do Golã a preparar os abrigos antibomba, a empregar novas defesas e a mobilizar algumas forças da reserva.

O mais alto general israelense, Gadi Eizenkott, cancelou uma visita programada em uma conferência de segurança anual para se encontrar com o ministro da Defesa, Avigdor Lieberman e outras autoridades de segurança nacional.

Apesar de apoiada por Israel, a decisão dos EUA alimentou temores de confrontos regionais.

Duas horas após o anúncio da Casa Branca, a agência estatal síria Sana informou a ocorrência de explosões em Kisweh, ao sul de Damasco. A defesa antiaérea síria interceptou dois mísseis israelenses, disse ainda Sana.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) informou que os mísseis visavam "um depósito de armas das milícias iranianas ou do Hizbullah libanês".

Irã e o Hizbullah, do Líbano, têm ajudado o ditador sírio, Bashar al-Assad a combater uma rebelião que já dura sete anos. Israel tem atacado, na esperança de impedir a formação de uma frente sírio-libanesa ao seu norte.

Em 8 de abril, um ataque matou sete militares iranianos em uma base aérea síria. O Irã culpou Israel e prometeu retaliar.

A mídia israelense afirmou que as ordens para que abrigos antibomba fossem preparados em Golã não tiveram precedentes durante a guerra civil síria. Israel capturou o Golã da Síria em 1967 e o anexou.

Israel posicionou o escudo de defesa aérea de curta distância no Golã, sugerindo que espera um ataque com foguetes ou morteiros.

O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, elogiou a decisão americana em um discurso na TV.

"Por meses agora, o Irã tem transferido armamento letal para suas forças na Síria, com o objetivo de atingir Israel", disse Netanyahu. "Vamos responder com força a qualquer ataque em nosso território."

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