Réu, Aécio não deveria disputar eleição, diz Alckmin O ex-governador de São Paulo disse que tucano vai se dedicar à sua defesa
Réu, Aécio não deveria disputar eleição, diz Alckmin
O ex-governador de São Paulo disse que tucano vai se dedicar à sua defesa
O ex-governador de SP Geraldo Alckmin participa de seminário no Fórum Mundial da Água, em Brasília - Pedro Ladeira - 20.mar.18/Folhapress
18.abr.2018 às 16h44
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Thais Bilenky
SÃO PAULO
O pré-candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que o senador Aécio Neves (PSDB), réu acusado de corrupção e obstrução de Justiça, não deveria disputar a eleição deste ano.
Após evento do banco Santander, em São Paulo, nesta quarta-feira (18), Alckmin disse que não retira a declaração dada ao Grupo Bandeirantes mais cedo. “É claro que o ideal é que ele não seja candidato, é evidente”, afirmou à rádio.
A jornalistas, após a palestra, Alckmin disse que Aécio vai se dedicar à sua defesa. “Vamos aguardar que ele mesmo explicite. Evidente que ele deve estar refletindo sobre esse fato novo.”
O ex-governador paulista elogiou a iniciativa de Aécio, que após ser citado em delação da JBS, em maio de 2017, afastou-se da presidência do PSDB.
“O Aécio tomou a medida correta, se afastou da presidência do partido, ele próprio. Ele próprio tomou essa decisão. Tenho certeza de que ele vai refletir”, comentou.
O tucano afirmou que a situação do correligionário é diferente da do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso pela Lava Jato.
“Aécio não tem nenhuma condenação, o Lula tem duas. E é o imperador do PT”, afirmou Alckmin.
“O que nos diferencia do PT é que o PT desacredita das instituições, quer estabelecer descrédito especialmente do Judiciário”, disse.
Questionado sobre o impacto da situação de Aécio na eleição em Minas, Alckmin elogiou Antonio Anastasia, que deve disputar o governo do estado pelo PSDB. “Vamos ter um grande desempenho em Minas”, disse.
Sobre a decisão do Superior Tribunal de Justiça que encaminhou o seu caso de suspeita de caixa dois à Justiça Eleitoral, Alckmin disse que “nunca esteve na Lava Jato”.
“Tem uma tendência se dizer que todo mundo é igual. Não é igual, é bem diferente”, afirmou.
Ao comentar decisão que tornou réus ex-presidentes do Metrô de SP, inclusive o secretário de seu governo e do atual Clodoaldo Pelissioni, o tucano manteve o discurso.
“Justiça é para todo mundo. Não passamos a mão na cabeça de ninguém”, disse.
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Ao comentar seu desempenho no Datafolha, em que se manteve ao redor de 8% da intenção de voto, o tucano disse que mira os indecisos.
“Tem 28% que poderiam votar. Vou atrás dos 28%. Acho que vamos crescer.”
Perguntado sobre a sugestão do governador de SP, Márcio França (PSB), de uma chapa de Alckmin com Joaquim Barbosa (PSB), o tucano elogiou o ex-ministro do Supremo.
“Minha admiração pela sua história de vida, como muitos brasileiros. Não posso falar pelo PSB”, respondeu.
Disse que seria uma indelicadeza manifestar interesse do PSDB em compor com Barbosa. “Se ele está pleiteando ser candidato à Presidência, vamos respeitar.”
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