OPINIÃO LULA PT Estratégia do PT cria poste sem luz na campanha Brincar de candidato preso não é só uma maluquice, é irresponsabilidade política
OPINIÃO LULA PT
Estratégia do PT cria poste sem luz na campanha
Brincar de candidato preso não é só uma maluquice, é irresponsabilidade política
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A ex-presidente Dilma Rousseff (centro) e integrantes do PT em frente ao prédio da Polícia Federal, em Curitiba, onde o ex-presidente Lula é mantido - Ricardo Stuckert/Divulgação
26.abr.2018 às 2h00
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Por mais maluca que esteja a corrida deste ano, o corredor polonês da eleição logo mais vai entrar em funcionamento.
Os candidatos serão convidados a falar em público. Irão a sabatinas. Participarão de debates. Darão entrevistas. Terão sua vida escrutinada. Nomearão assessores, que darão voz a suas ideias (caso existam).
E o PT, como fica?
Essa história de brincar de candidato preso não é apenas uma maluquice. Por mais bonito que o cálculo eleitoral possa parecer —e há muita dúvida se é tão bonito assim—, trata-se de irresponsabilidade política.
Um dos mais antigos partidos do país, o PT conta com a maior bancadade deputados federais e teve candidato a presidente em todas as eleições desde a redemocratização.
Na de 1989, num 26 de abril como este, a edição da Folha relatava o dia de um petista bastante ativo nas montadoras de São Bernardo, em reportagem intitulada: “Lula ataca os empresários nas portas das fábricas”. Em 1994, a essa altura do campeonato, o partido fechava seu plano de governo. Em 1998, discutia a aliança com Brizola. Em 2002, desfilava seu neopragmatismo, sintetizado noutro título: “Lula diz estar à caça de votos de esquerda, centro e direita”. Em 2006, ele disputou a cadeira já sentado nela.
Todo o acima fica mais difícil de ser feito em Curitiba. O PT já errou o cálculo esperando uma revolta social que não existiu no momento da prisão. Agora dedica-se a produzir fotos de filiados na frente do prédio da PF. Rendem memes engraçados, mas é difícil ver votos brotando dali.
Lançar Lula na cabeça da chapa com um vice que assumirá quando morrer a esperança de um milagre jurídico é brincar abertamente de poste. No fundo, um desrespeito aos eleitores —o candidato passará a campanha repetindo que só está ali porque o outro não apareceu?
Se existe um déficit democrático decorrente da prisão de Lula, ele deriva não da ausência dele em si, mas sim da estratégia de seu partido.
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Acampamento 'Lula Livre', em Curitiba
Apoiadores do ex-presidente Lula em acampamento nos arredores do prédio da Policia Federal em Curitiba Zanone Fraissat/Folhapress
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Roberto Dias
Jornalista, é secretário de Redação da área de Produção da Folha, onde trabalha desde 1998.
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MARCOS SERRAHá 5 horas
A questão é mais profunda do que sugere a matéria. A pergunta que deveria ser feita é como o preso foi reeleito, como colocou um poste em seu lugar, como quebrou o país e ainda continua iludindo seus fanáticos seguidores que se igualam a viciados em drogas pesadas que não conseguem largar o vício. A eles, uma sugestão: seu ídolo é página virada. Escolham alguém que seja realmente merecedor de seu voto e que possa, se eleito, proporcionar ao país, ao menos, parte da mentirosas promessas do Lula. RESPONDA
13 DENUNCIE
GILVAN FERNANDES ALMEIDAHá 4 horas
Lulinha "paz e amor", é especialista em poste, basta ver Dilminha e Haddad. Legadão dos petralhas: Deixaram o Brasil em estado de pré-falência, 14 Milhões de desempregados, Criminalidade em alta, Saúde literalmente falida, Educação esculachada, Corrupção plena e Formação de organização criminosa. Como se não bastasse, tem um ex-presidente da república preso e ainda responde por mais seis processos na Justiça. 100 anos de cana vai ser pouco. RESPONDA
11 DENUNCIE
GILVAN FERNANDES ALMEIDAHá 4 horas
Lulinha "paz e amor", é especialista em poste, basta ver Dilminha e Haddad. Legadão dos petralhas: Deixaram o Brasil em estado de pré-falência, 14 Milhões de desempregados, Criminalidade em alta, Saúde literalmente falida, Educação esculachada, Corrupção plena e Formação de organização criminosa. Como se não bastasse, tem um ex-presidente da república preso e ainda responde por mais seis processos na Justiça. 100 anos de cana vai ser pouco.
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