O poder de Joesley Batista. Açougueiro ferrou Aécio Neves e mesmo assim, nem ele nem FHC falam
O criminoso confesso Joesley Batista é realmente um homem muito poderoso. Após confessar mais de 200 crimes, que segundo o Estadão, renderiam a ele e seu grupo mais de 2000 mil anos em condenações, o açougueiro continua livre. Suas falcatruas foram acobertadas pelos meios de comunicação e hoje em dia, a Globo, Folha, Veja e até mesmo o próprio Estadão parecem zelar pela reputação do marginal que instalou o caos no Brasil e ainda faturou milhões especulando no mercado financeiro.
Prestes a ser julgado no Supremo Tribunal Federal, que também está quietinho em relação aos crimes do açougueiro de Goiás, o senador Aécio Neves divulgou uma 'carta' para se defender das tretas em que se envolveu com Joesley Batista, da JBS-Friboi.
O tucano, atraído por dinheiro, caiu numa armadilha montada por Joesley para criar um flagrante, para justificar seu inexplicável acordo de delação premiadíssima negociado às escuras com o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Sem dó nem piedade, Joesley atraiu o ganancioso Aécio, prometendo entregar dois milhões de reais ao tucano. O açougueiro gravou uma conversa com o senador, na qual ninguém fala em como a tal dívida será paga, o que desmonta qualquer argumentação do tucano de que aquele dinheiro não seria uma compra antecipada de 'favores' políticos. Ninguém pega R$ 2 milhões sem mencionar como irá pagar de volta, quando, se haverá algum juro, etc. Aécio simplesmente combinou a entrega do dinheiro de forma criminosa e pronto.
Mas o que mais chama a atenção na cartinha do tucano é a forma como ele poupa seu algoz. Joesley usou o trouxa, atraiu-o para a ratoeira, gravou-o e usou a gravação para salvar a própria pele, sem qualquer consideração com o sua vítima.
O problema é que Aécio não é o único a enfiar o rabinho entre as pernas e a evitar falar sobre o criminoso que destruiu sua carreira política para sempre ao comprovar que o tucano não passa de um sujeitinho que se vende a qualquer bandido disposto a comprá-lo. Seu padrinho Fernando Henrique Cardoso também não deu nenhum pio contra Joesley Batista. Ao contrário, o tucano entrou no jogo do marginal combinado com Janot e propagado pela Rede Globo para pedir a renúncia de Temer.
O estrago provocado por Joesley na vida de Aécio, FHC e dos tucanos não foi pequeno. O senador era bem cotado para concorrer à Presidência em 2018, mas teve sua carreira política de mais de 30 anos destruída pela treta do açougueiro. Ver FHC tão caladinho sobre o assunto é algo que sugere especulações impublicáveis. Na verdade, nenhum político brasileiro teve a coragem de criticar o criminoso que prosperou durante os governos do PT de Lula e Dilma. Nem mesmo Lula e Dilma tiveram a coragem de atacar o açougueiro que confirmou que mantinha contas no exterior para os dois petistas. Da direita à esquerda, nenhum partido ou político atacou o açougueiro que colocou dinheiro sujo em praticamente todos os partidos e contas de parlamentares que hoje se dizem honestos.
O único a chamar Joesley Batista de criminoso foi o presidente Michel Temer, que também impôs duras derrotas ao bandido nos negócios que ele mantinha com o governo. Temer mandou cancelar linhas de crédito de mais de R$ 9 bilhões da JBS na Caixa, mandou a Petrobras cancelar contrato de fornecimento de gás para uma de suas empresas e, por meio da Medida Provisória (MP) 784, elevou de R$ 500 mil para R$ 500 milhões o valor das multas contra crimes financeiros praticados por Joesley e seu irmão Wesley Batista.
Enquanto isso, o resto do Brasil se cala diante de um dos maiores escândalos de corrupção da história da República perpetrado por criminosos que, em conluio com blogs de aluguel, meios de comunicação, setores da Polícia Federal, Ministério Público Federal e STF, conspiraram para derrubar um governo. Eles fazem isso por que sabem que o brasileiro tem memória curta.
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