O Caso Quilombola: Carta Aberta De Um Negro A Jair Bolsonaro.
O Caso Quilombola: Carta Aberta De Um Negro A Jair Bolsonaro.
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A fala do Bolsonaro foi infeliz? Muito.
Isso torna discriminação o que ele disse? Não necessariamente.
O fato de não haver bom senso para tratar com o tema que implica em uma referência, ainda que implícita, mas clara, ao passado escravagista brasileiro em relação aos quilombolas, demonstra aquela natureza meio brusca de um homem do interior que serviu o exército (exatamente como ele) e só quer ser bem humorado em determinado episódio, mas não que se tenha caracterizado em algum momento, atitude discriminatória que tenha em vista ofensa factual à dignidade de determinado fenótipo, no caso, o nosso: os de pele escura.
Vivemos tempos sombrios, onde a fala de qualquer um pode ser criminalizada, o que torna ainda mais grave a clara criminalização do discurso de um deputado federal eleito e em posse do cargo e que além disso é um pré-candidato à presidência da República.
A liberdade de expressão, implica em haver amplo direito na manifestação da fala. E o sistema de justiça, quando de forma desproporcional, processa uma fala que é apenas infeliz, mas não criminosa, torna-se um agente potencial de censura. Sobretudo por que vem da Procuradora Geral da República, uma representante oficial do Estado e que deveria apresentar certo aspecto de neutralidade. Ora, isto é sério.
Fosse apenas uma nota, de preferência de alguma associação que tivesse ficado insatisfeita com as frases do parlamentar ou vinda de organizações externas ( como uma OAB ou a hipotética sociedade dos conservadores negros do Brasil) tudos seria próprio mesmo, da democracia, e ao sistema judicial caberia o julgamento com justiça. Eu mesmo, para além da minha condição de preto, e como eleitor de Jair Bolsonaro, à época, achei a sua fala deveras imprópria e equivocada em termos de cidadania. O problema, é que o processo que agora se deu pelas mãos da procuradora Raquel Dodge vem justamente do sistema interno dos poderes centrais da República, amparo pelo nosso “quarto poder“ da Grande Mídia Fake News, contra um homem que representa justamente a proposta mais próxima do conservadorismo. É óbvio que aí há algo mais do que suspeito. Até porque, estes causos não são de hoje e o princípio de dois pesos e duas medidas quando envolvem um político de extrema-esquerda e outro conservador, são facilmente verificáveis.
Esperamos que as pessoas saibam discernir o que está por trás da oposição subterrânea que se faz a Jair Bolsonaro através de estruturas oficiais do Estado, com verniz de imparcialidade, mas objetivamente vinculado aos interesses mais sinistros da política.
O racismo é um agente silencioso e que muitas vezes não se manifesta de forma simples. Ele está no inconsciente das pessoas e muitos dos quais que são portadores, não tem consciência dele.
O momento é oportuno para um auto-exame do capitão e não é porque somos seus eleitores, que deixaremos de manifestar nosso desejo que haja uma evolução do nosso candidato, não só nesse aspectos, mas em todos quantos possíveis. Não somos como eleitores da esqerda, que ficam cegos pros defeitos de seus candidatos, como os agressores Netinho de Paula e Ciro Gomes, conhecidos também por seu machismo escancarado.
Felizmente, o Jair tem aprendido muito em pouco tempo, demonstrando ter uma personalidade ensinável, que inclusive, surpreendeu a muitos de nós que esperavam que um militar jamais desse o braço a torcer.
Ao Jair, pedimos mais atenção a temas que são sensíveis e que afetam a memória do povo brasileiro.
Desejamos-lhe sorte e boa ventura, porque desejamos que este país dê dignidade, cada vez mais, a todos: pretos e brancos, e entendemos que sua candidatura ainda é a melhor opção possível, justamente porque aponta na convergência de todo o povo brasileiro.
Reafirmamos que o pré-candidato conservador, até agora, é o mais bem preparado e o mais interessado no bem do Brasil e de fato, representa uma proposta que pode levar o Brasil pra frente.
Tendo dito isto, fica aqui o meu apoio pra que Jair Bolsonaro não se deixe abalar. O embate vai ser duro, mas o senhor foi preparado pra guerra.
O bem que a sua presença faz ao debate público, é inestimável. Pedimos a Deus, que a virtude, a integridade, a liberdade e o patriotismo, continuem sendo suas bandeiras.
Assim sendo, despeço-me:
Brasil acima de tudo. Deus acima de todos.
– Júlio Servo. [Ser humano, negro, fundador e idealizador da Confraria Cultural Conservadora União Gonçalense].
Via: noticiasbrasilonline.com.br
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