Ministros Do STF São Audaciosos E O Golpe Contra O Brasil Pode Seguir. Com O Supremo, Com Tudo.
Ministros Do STF São Audaciosos E O Golpe Contra O Brasil Pode Seguir. Com O Supremo, Com Tudo.
- 09/04/2018
É claro que não existe mobilização para um golpe militar e a situação é muito diferente do quadro que se formou em 1964, quando havia importantes lideranças civis envolvidas, como Carlos Lacerda, Magalhães Pinto e Roberto Marinho, com os Estados Unidos monitorando tudo, preocupados com a expansão do comunismo pós-Cuba. Mal comparando, o que existe hoje é apenas uma esculhambação institucional que causa muita preocupação às Forças Armadas, mas não há uma conspiração militar em evolução no País.
É claro que as Forças Armadas acompanham atentamente as tentativas da chamada Operação Abafa, que visa a inviabilizar a Lava Jato, tal como aconteceu na Itália com a Mãos Limpas (“Mani Pulite”) no final do século passado.
A FORÇA DA WEB – A grande diferença com o ocorrido na Itália é que naquela época a internet apenas engatinhava e não existiam as redes sociais. Sem comunicação via celular, o quadro era outro e ocorreu a reviravolta que redundou na volta da corrupção, em esquema conduzido pelo empresário Silvio Berlusconi, uma espécie de Roberto Marinho à italiana, que resolveu se tornar político para melhor dominar o país.
Desde 2015, Berlusconi está condenado a três anos de prisão por subornar um senador, mas continua impune, pois a Itália. sob determinados aspectos, é realmente muito parecida com o Brasil.
A diferença é que nos dias de hoje a internet funciona como os olhos e ouvidos na nação. Nada passa despercebido, as reações são simultâneas. Por isso, a Lava Jato tem resistido a tantas manobras.
UM NOVO MUNDO – É impressionante como o mundo já se modificou depois da internet e a democracia continua evoluindo. A Lava Jato é um fenômeno dos novos tempos. Por mais que haja boicote, a força-tarefa (Polícia Federal, Ministério Público e Receita Federal) segue em frente, estimulada pela nova geração de magistrados.
Apesar dessa realidade inquestionável, há ministros do Supremo que não percebem o que acontece à sua volta. A recente mensagem do general Villas Bôas foi uma clara advertência. Mas os Cavaleiros do Apocalipse da era moderna (na Bíblia eram quatro, mas no Supremo brasileiro são cinco) nem ligaram para o que disse o comandante do Exército. Muito pelo contrário, aliás. Resolveram afrontá-lo, tendo Celso de Mello como porta-voz.
Na sessão de quarta-feira, Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski pressionaram incansavelmente a ministra Rosa Weber e depois peitaram a presidente Cármen Lúcia, para exigir que coloque logo em pauta as duas ações que contestam a prisão após segunda instância. Ou seja, a cavalgada apocalíptica não terminou.
BATALHA FINAL – O relator Marco Aurélio Mello ia usar o Regimento do STF para pôr em julgamento as duas ações que garantem a impunidade dos corruptos. Mais uma vez os cinco Cavaleiros do Apocalipse iriam tentar desesperadamente convencer Rosa Weber e Alexandre de Moraes a mudarem de posição, para libertar Lula e o resto da turma, incluindo Sérgio Cabral, Geddel Vieira Lima, Eduardo Cunha, José Dirceu, Henrique Eduardo Alves e os demais envolvidos em corrupção e outros crimes.
Mas a presidente Cármen Lúcia desfez a manobra, ao colocar em pauta dois pedidos de habeas corpus, que têm preferência. Com isso, fica adiada a nova tentativa desses ignóbeis ministros do Supremo, que já demonstraram não se preocupar com os interesses nacionais nem com a estabilidade da democracia. Como se diz baianamente na “axé music”, os ministros/sinistros não estão nem aí.
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