Justiça determina que PF entre em investigação sobre e-mails de Dilma

Justiça determina que PF entre em investigação sobre e-mails de Dilma

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Imagem: Sonsoles Caro/EFE
Segundo o Jornal O Globo, a Polícia Federal (PF) entrou no polêmico caso dos e-mails atribuídos à ex-presidente Dilma Rousseff, por meio dos quais ela teria alertado o casal João Santana e Mônica Moura sobre os avanços da Lava-Jato, quando ainda era presidente.
O juiz federal Ricardo Soares Leite, que atua na 10ª Vara Federal em Brasília, determinou o encaminhamento do caso à PF, o que pode levar a um aprofundamento das investigações sobre a atuação da petista no episódio.
Janot denunciou Dilma em 6 de setembro de 2017, menos de duas semanas antes de deixar o cargo de procurador-geral da República. Na acusação, ele enquadrou a petista no crime de obstrução de investigação que envolve organização criminosa, combinado com o concurso material de crimes (“três vezes”), previsto no Código Penal. O caso dos e-mails foi utilizado como parte das provas na denúncia.
Conforme a denúncia de Janot, Dilma usou o rascunho de uma conta no Gmail para informar Mônica Moura sobre os avanços da Lava-Jato para cima dela e do marido, João Santana, marqueteiro das campanhas da petista. Os alertas seriam cifrados, conforme a acusação do ex-procurador-geral. Os dois chegaram a ser presos e se tornaram delatores na operação.
“Em agosto de 2015, Dilma Vana Rousseff criou as contas de correio eletrônico 2606alvarina@gmail.com e 2606iolanda@gmail.com, compartilhando a respectiva senha com Mônica Moura”, cita a denúncia. “Ambas passaram a utilizar tal correio eletrônico para trocar mensagens cifradas sobre a Operação Lava-Jato. As mensagens não eram enviadas para evitar monitoramento e rastreamento, mas eram apenas escritas e salvas como rascunhos”, continua.
Segundo Janot, o número “2606” é uma referência “à data de 26 de junho de 1968, em que o grupo Vanguarda Popular Revolucionária, integrado por Dilma Rousseff, praticou um atentado com carro-bomba em um quartel em São Paulo, durante ditadura militar”. “Ademais, ‘Iolanda’ Barbosa era o nome da esposa do general Costa e Silva, presidente da República na época. Tais circunstâncias indicam a efetiva relação entre a situação e Dilma”, diz o procurador-geral na denúncia.
A denúncia da PGR diz que, nas proximidades de ela e o marido serem presos pela PF na Lava-Jato, Dilma escreveu a seguinte mensagem, em 19 de dezembro de 2015: “O seu grande amigo está muito doente. Os médicos consideram que o risco é máximo. O pior é que a esposa, que sempre tratou dele, agora está com câncer e com o mesmo risco. Os médicos acompanham os dois, dia e noite.”
“Tratava-se de um aviso antecipado sobre a prisão do casal de publicitários. Na época, a advertência foi, ainda, reiterada por meio de telefonemas feitos por Dilma e Mônica em 20 e 21 de dezembro”, escreve Janot.
Segundo o então procurador-geral, “os dados telemáticos confirmaram a existência dos e-mails em questão, inclusive daquele em que o rascunho transcrito acima, o qual já havia sido apresentado por meio de ata notarial, foi elaborado”. A denúncia cita outra mensagem cifrada, no mesmo e-mail, com data de 22 de fevereiro de 2016: “Vamos visitar nosso amigo querido amanhã. Espero não ter nenhum espetáculo nos esperando. Acho que pode nos ajudar nisso ne?”
Com informações, Vinicius Sassine — O Globo.

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