Jungmann atribui execução de Marielle à atuação das milícias
'Eles estão com uma pista fechada e têm caminhado bastante', disse ministro sobre as investigações policiais
Renata de Carvalho Batista, O Estado de S.Paulo
16 Abril 2018 | 13h53
Marielle Franco, assassinada em 18 de março de 2018, era vereadora e ativista dos direitos humanos. Foto: Ellis Rua/AP
RIO - O ministro Extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nesta segunda-feira, 16, em entrevista à rádio CBN, que as investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro apontam a atuação das milícias como a provável causa da execução da vereadora Marielle Franco (PSOL). Jungmann disse que entende a urgência, mas lembrou que outros casos críticos, como o assassinato da juíza Patrícia Acioli e a morte do pedreiro Amarildo, na Rocinha, levaram mais de dois meses para serem concluídos.
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“Eles estão com uma pista fechada e têm caminhado bastante. A mais provável hipótese remete o crime à atuação de milícias no Rio de Janeiro”, comentou, ressaltando o empenho da polícia em elucidar o fato. “O caso da Marielle tem 30 dias. Entendo a urgência, entendo o impacto do que aconteceu, mas lembro que o chefe da polícia civil, Rivaldo Barbosa, era amigo pessoal da Marielle. Ela fazia a ponte entre o (deputado estadual)Marcelo Freixo e as milícias”, disse.
Marielle e o motorista Anderson Gomes foram mortos na noite do dia 14 de março, na região central da capital carioca. A vereadora era militante do movimento negro e de direitos humanos. Durante o seu mandato no Rio, realizou denúncias de violência policial contra moradores de favelas.
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