Jovem que atropelou Pedro Caldas nega que estivesse bêbada e pede para não ser levada a júri popular Jovem apresentou pedido à Justiça para que seja julgada por um juiz. Iolanda Fregonesi foi denunciada por homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado.
TOCANTINS
Jovem que atropelou Pedro Caldas nega que estivesse bêbada e pede para não ser levada a júri popular
Jovem apresentou pedido à Justiça para que seja julgada por um juiz. Iolanda Fregonesi foi denunciada por homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado.
Por G1 Tocantins
17/04/2018 11h48 Atualizado há 6 horas
Iolanda Fregonesi é acusada pela morte de Pedro Caldas (Foto: Arquivo Pessoal)
A jovem Iolanda Costa Fregonesi, de 22 anos, apresentou um pedido a Justiça para que não seja julgada em júri popular e responda pela morte do médico Pedro Caldas diante de um juiz. No pedido feito pela defesa, a acusada relata que não estava embriagada e atropelou a vítima após se distraiu com dois animais que estariam brigando no banco de trás do carro dela.
Iolanda Costa foi denunciada à Justiça pelo Ministério Público Estadual (MPE) no início de março. Ela foi indiciada em janeiro e é suspeita de embriaguez ao volante e de dirigir sem habilitação. A promotoria pediu que a jovem seja julgada por homicídio qualificado, contra Pedro Caldas e por tentativa de homicídio qualificado, contra Moacir Naoyuk Ito, que também foi atropelado.
O G1 tentou entrar em contato com a estudante, mas as ligações não foram atendidas.
O pedido da jovem para não ser levada a júri popular foi feito nesta segunda-feira (16). Na defesa, ela alega que havia saído com a mãe na noite anterior e consumiu bebida alcóolica, mas voltou para a chácara durante a madrugada, por volta das 3h.
Depois, ela teria dormido e acordou por volta das 7h20, quando a mãe lhe pediu para levar os dois animais de estimação embora. "No caminho de volta, já trafegando pela Marginal Leste, os animais começaram a brigar e ela virou o rosto para trás na tentativa de ralhar com eles e separá-los. Quando se voltou para frente, ocorreu o fatídico acidente", diz trecho da defesa da jovem.
A defesa dela afirma ainda que Iolanda "não estava embriagada. Estava sonolenta, com os olhos vermelhos do sono interrompido e em razão do estado de choque com o acontecido, arranhou o próprio rosto - como se depreende do laudo do exame de corpo delito constante do inquérito, provocando a vermelhidão encontrada.
Para-brisas do carro da jovem ficou destruído com impacto (Foto: Divulgação)
O caso
Pedro Caldas morreu depois de ficar mais de um mês em coma após complicações no traumatismo craniano grave que sofreu. No dia do acidente, o ginecologista foi levado para o Hospital Geral de Palmas (HGP), onde passou por cirurgia e foi transferido para uma UTI particular.
Segundo a denúncia feita contra a jovem, em 2016, Iolanda já havia atropelado um casal na avenida Tocantins, em Palmas. "Na ocasião ela agiu da mesma forma que no caso do Pedro Caldas. Estava alterada e se recusou a fazer o teste do bafômetro. As vítimas estavam em uma motocicleta e tiveram fratura exposta. Na época, elas decidiram não representar criminalmente", disse o delegado Hudson Guimarães Leite, responsável pelo caso.
Conforme Leite, Iolanda nunca tirou carteira de habilitação. Ela iniciou para um processo em 2014, mas não concluiu.
Ainda de acordo com o delegado, o fato de Iolanda ter se recusado a realizar o teste do bafômetro, não atrapalhou a investigação. "Há nos autos um atestado de estado incapacidade psicomotora alterada, comprovado pelos agentes da ATTM, há testemunhas que comprovam que ela estava bêbada, exalando um cheiro muito forte de álcool."
Após o acidente ela foi levada para a Central de Flagrantes da Polícia Civil, onde pagou fiança de R$ 3 mil e foi liberada para responder em liberdade.
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