DULCE MIRANDA REJEITA O IMPOPULAR SENADOR VICENTINHO ALVES
(Foto: Agência Câmara)
Blog CT
Maioria do MDB quer apoiar Vicentinho, mas, com resistência de Dulce, partido preferiu nota apática
Por Cleber Toledo última atualização 20 abr, 2018 às 1:21
Maioria folgada do MDB já decidiu apoiar a pré-candidatura a governador do senador Vicentinho Alves (PR) na eleição suplementar do dia 3 de junho, conforme membros da executiva estadual que participaram da extensa reunião dessa quinta-feira, 19. Contudo, todas afirmaram a mesma coisa: a ex-primeira-dama e deputada federal Dulce Miranda bateu na mesa, fincou o pé e não aceitou, já no final das discussões. Ela não participou da reunião, mas acompanhou tudo à distância, pelo telefone, conforme as fontes.
Por isso, o partido optou pela nota sem sal e sem açúcar divulgada após a reunião, com o discurso de que vai ampliar o debate e aguardar para ver se o ministro Gilmar Mendes, do STF, se pronuncia sobre a petição que a defesa do ex-governador Marcelo Miranda protocolou ainda na quarta-feira, 18.
Enquanto isso, a turma do “deixa-disso” vai entrar no circuito para tentar acalmar Dulce.
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— MDB vai aguardar decisão do STF e conversará com Ataídes, Damaso e Vicentinho— BOM DIA – Com candidato sub judice, mais insegurança para o sofrido Tocantins— Confira tudo que foi publicado sobre a eleição suplementar
Ela tem fortes divergências com o deputado federa Vicentinho Júnior (PR), filho do pré-candidato a governador. Dulce e Júnior se estranharam em plenário no dia 17 de abril de 2016 logo após o deputado votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). É que, no voto, o republicano criticou a postura do MDB e citou o caso do Tocantins, onde o governador Marcelo Miranda (PMDB) foi cassado, e classificou o líder emedebista de “reincidente”.
Quando deixou o púlpito, Vicentinho foi abordado por Dulce, para tirar satisfação. O clima esquentou e a situação perdeu o controle. Precisou que o deputado Carlos Gaguim (DEM) entrasse no meio para que o acalorado bate-boca fosse interrompido.
No final de 2016, Vicentinho pai e Marcelo se entenderam, após divergências do passado na disputa pela vaga de senador. É que o emedebista venceu em 2010, mas não levou a vaga de senador em 2011 por conta da cassação pelo TSE de 2009.
No entanto, em dezembro de 2016 deixaram o passado para trás e se aliaram. Vicentinho chegou desistir da eleição para o governo e anunciou que disputaria a reeleição no Senado.
O problema é que Dulce e Júnior voltaram a se estranhar, numa briga por colégios eleitorais. Vicentinho pai acabou entrando no meio, ao lado do filho, e a relação com Marcelo voltou a se desgastar. Ao ponto de em dezembro de 2017, um ano depois de fumarem o cachimbo da paz, o senador lançar a pré-candidatura a governador do prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas (PR).
Na reunião dessa quinta-feira esses desencontros vieram à tona. Nos bastidores, porém, a avaliação é de que Marcelo prefere Vicentinho. Sintoma disso, apontam as testemunhas, foi o anúncio de apoio ao senador do ex-presidente do Naturatins no governo do MDB Herbert Brito Barros, o Buti, homem muito próximo do ex-governador.
A questão agora será definida na convenção extraordinária de domingo, 22, das 15 às 18 horas.
Viabilidade eleitoral
Buti disse no início da tarde desta sexta-feira, 20, que não houve manifestação de apoio a Vicentinho, mas avaliação de viabilidade eleitoral por parte de alguns membros da executiva do partido. Conforme o ex-presidente do Naturatins, inicialmente o MDB preferia ter candidato próprio na eleição suplementar. Mas, não tendo, a conclusão foi que Vicentinho é mais viável eleitoralmente. “Mas não houve deliberação, que será feita na convenção”, afirmou Buti.
Matéria atualizada às 13h21.
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Maioria do MDB quer apoiar Vicentinho, mas, com resistência de Dulce, partido preferiu nota apática
Por Cleber Toledo última atualização 20 abr, 2018 às 1:21
Maioria folgada do MDB já decidiu apoiar a pré-candidatura a governador do senador Vicentinho Alves (PR) na eleição suplementar do dia 3 de junho, conforme membros da executiva estadual que participaram da extensa reunião dessa quinta-feira, 19. Contudo, todas afirmaram a mesma coisa: a ex-primeira-dama e deputada federal Dulce Miranda bateu na mesa, fincou o pé e não aceitou, já no final das discussões. Ela não participou da reunião, mas acompanhou tudo à distância, pelo telefone, conforme as fontes.
Por isso, o partido optou pela nota sem sal e sem açúcar divulgada após a reunião, com o discurso de que vai ampliar o debate e aguardar para ver se o ministro Gilmar Mendes, do STF, se pronuncia sobre a petição que a defesa do ex-governador Marcelo Miranda protocolou ainda na quarta-feira, 18.
Enquanto isso, a turma do “deixa-disso” vai entrar no circuito para tentar acalmar Dulce.
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— MDB vai aguardar decisão do STF e conversará com Ataídes, Damaso e Vicentinho— BOM DIA – Com candidato sub judice, mais insegurança para o sofrido Tocantins— Confira tudo que foi publicado sobre a eleição suplementar
Ela tem fortes divergências com o deputado federa Vicentinho Júnior (PR), filho do pré-candidato a governador. Dulce e Júnior se estranharam em plenário no dia 17 de abril de 2016 logo após o deputado votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). É que, no voto, o republicano criticou a postura do MDB e citou o caso do Tocantins, onde o governador Marcelo Miranda (PMDB) foi cassado, e classificou o líder emedebista de “reincidente”.
Quando deixou o púlpito, Vicentinho foi abordado por Dulce, para tirar satisfação. O clima esquentou e a situação perdeu o controle. Precisou que o deputado Carlos Gaguim (DEM) entrasse no meio para que o acalorado bate-boca fosse interrompido.
No final de 2016, Vicentinho pai e Marcelo se entenderam, após divergências do passado na disputa pela vaga de senador. É que o emedebista venceu em 2010, mas não levou a vaga de senador em 2011 por conta da cassação pelo TSE de 2009.
No entanto, em dezembro de 2016 deixaram o passado para trás e se aliaram. Vicentinho chegou desistir da eleição para o governo e anunciou que disputaria a reeleição no Senado.
O problema é que Dulce e Júnior voltaram a se estranhar, numa briga por colégios eleitorais. Vicentinho pai acabou entrando no meio, ao lado do filho, e a relação com Marcelo voltou a se desgastar. Ao ponto de em dezembro de 2017, um ano depois de fumarem o cachimbo da paz, o senador lançar a pré-candidatura a governador do prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas (PR).
Na reunião dessa quinta-feira esses desencontros vieram à tona. Nos bastidores, porém, a avaliação é de que Marcelo prefere Vicentinho. Sintoma disso, apontam as testemunhas, foi o anúncio de apoio ao senador do ex-presidente do Naturatins no governo do MDB Herbert Brito Barros, o Buti, homem muito próximo do ex-governador.
A questão agora será definida na convenção extraordinária de domingo, 22, das 15 às 18 horas.
Viabilidade eleitoral
Buti disse no início da tarde desta sexta-feira, 20, que não houve manifestação de apoio a Vicentinho, mas avaliação de viabilidade eleitoral por parte de alguns membros da executiva do partido. Conforme o ex-presidente do Naturatins, inicialmente o MDB preferia ter candidato próprio na eleição suplementar. Mas, não tendo, a conclusão foi que Vicentinho é mais viável eleitoralmente. “Mas não houve deliberação, que será feita na convenção”, afirmou Buti.
Matéria atualizada às 13h21.
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