CARLESSE MERECE SER GOVERNADOR-ELE MUDOU ATÉ A FOLHA DE PAGAMENTO


Carlesse se despede após passar sete dias como governador interino do Tocantins

Durante a reunião realizada no Palácio Araguaia, ele falou da situação do estado e comentou o cenário de instabilidade política. Decisão de Gilmar Mendes permite a volta de Miranda ao cargo.




Por G1 Tocantins

06/04/2018 16h03 Atualizado há menos de 1 minuto




Carlesse faz balanço dos sete dias como governador interino (Foto: Patrício Reis/G1)



O governador interino Mauro Carlesse (PHS) fez uma reunião nesta sexta-feira (6) para apresentar um balanço dos sete dias que ficou no cargo. Ele assumiu o estado depois da cassação de Marcelo Miranda (MDB) e da vice Cláudia Lelis (PV), que deixaram o comando do estado no dia 27 de março.


Carlesse disse que teve um período curto de gestão, mas percebeu que o estado tem condições de dar uma situação melhor para a população. "Eu fico muito triste em saber que o estado é viável, mas se encontra numa situação totalmente desordenada."


O governador interino também comentou a instabilidade no cenário político do Tocantins. "A lei tem que ser obedecida. Eu não entendo muito juridicamente, mas eu acho que esta situação para lá e para cá, quem perde é o estado. Eu acho que não precisava nada disso."


Porém, uma liminar deferida pelo ministro do Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o retorno deles depois que a defesa de Marcelo Miranda ingressou com um pedido de medida cautelar. Os advogados pediram que a execução da cassação do político pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ocorra apenas após julgamento dos embargos de declaração. Esse recurso serve para esclarecer aspectos de uma decisão proferida e será julgado pelo próprio TSE.


O documento suspende também o cronograma da eleição suplementar, que estava marcada para o dia 3 de junho.




Entenda




O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou no dia 22 de março os diplomas do governador Marcelo Miranda (MDB) e da vice-governadora Cláudia Lelis (PV). O processo, que analisa caixa dois durante a campanha de 2014, começou em 2015 após uma aeronave ser apreendida com R$ 500 mil em Goiás.


O advogado Thiago Boverio, que representa o governo, já tinha informado que iria recorrer da decisão. "Há muitos fatos para esclarecer. O próprio ministro disse que há muitos indícios e isso tudo será esclarecido nos embargos declaratórios. Quanto à execução, o que ficou bem claro é que o ministro tomou para si a possibilidade de decidir sobre isso", disse na época.



O julgamento no TSE começou em 2017, mas o ministro Luiz Fux havia pedido para analisar o processo, que estava parado desde então. No primeiro julgamento, a relatora do processo, ministra Luciana Lóssio, votou contra a cassação da chapa de Marcelo Miranda. Porém, nesta quinta-feira (22) os ministros cassaram os diplomas por 5 votos a 2.

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