Ataque à Síria: tudo o que você precisa saber Operação militar do Ocidente bombardeou locais em Damasco e seus arredores, após uma semana de um ataque com armas químicas orquestrado pelo regime de Bashar al-Assad
Ataque à Síria: tudo o que você precisa saber
Operação militar do Ocidente bombardeou locais em Damasco e seus arredores, após uma semana de um ataque com armas químicas orquestrado pelo regime de Bashar al-Assad
O Estado de S.Paulo
14 Abril 2018 | 08h54
Como retaliação ao ataque com uso de armas químicas nos arredores de Damasco, há pouco mais de uma semana, Estados Unidos, França e Reino Unido resolveram intervir na noite desta sexta-feira, 13, no regime de Bashar al-Assad, na Síria, e bombardear o país do Oriente Médio.
O destróier americano USS Porter lança um míssil Tomahawk em treinamento no mar Mediterrâneo Foto: Ford Williams/U.S. Navy via AP, File
O Pentágono anunciou que alvos, relacionados à contravenção ao acordo internacional que proíbe o uso de armas químicas, foram atacados, como depósitos em Damasco, onde teria armazenamento desse tipo de arsenal, e um centro de pesquisa ligado à produção de armas químicas, também na capital síria.
+++ ‘É o pior momento desde a Crise dos Mísseis’, diz especialista em Rússia e EUA
Em pronunciamento na noite de sexta-feira, 13, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a investida militar na Síria deve continuar se não houver nenhum progresso ou demonstração de que Bashar al-Assad interrompa o uso de armas químicas. O mandatário americano disse que os EUA e aliados como França e Reino Unidos estão preparados para uma resposta “contínua”.
+++ The Economist: Conflito sírio se agravou após debacle do Estado Islâmico
“Para o Irã e a Rússia, eu pergunto: que tipo de nação quer ser associada com o assassinato em massa de homens, mulheres e crianças inocentes?”, disse Trump em discurso, após anunciar o ataque.
Donald J. Trump
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22:31 - 13 de abr de 2018
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A Casa Branca se posiciona de forma contundente contra a Rússia e culpa Putin de maneira direta pelos bombardeios que atingiram civis, nas imediações de Damasco. “Em razão de sua inabilidade –ou recusa - de conter os crimes de Assad, a Rússia deve assumir a responsabilidade por seu comportamento”, disse Trump.
+++ Análise: Uma reação inédita de Síria e Rússia a um ataque preciso
Repercussão
Conselho de Segurança da ONU se reúne
A pedido da Rússia, que entrou em contato com os Estados Unidos e outros países membros do conselho, o grupo diplomático marcou reunião para às 12h (horário de Brasília) a fim de discutir as consequências da decisão de ataque pelas nações do Ocidente.
Síria: “Agressão bárbara e brutal”
Fontes ligadas ao Ministério das Relações Exteriores da Síria afirmaram neste sábado, 14, que o ataque coordenado por EUA, França e Reino Unido se trata de uma “agressão bárbara e brutal” que não afetará a luta do regime para obter controle dos redutos rebeldes do país.
Retaliação é ‘agressão’ contra soberania síria, diz Putin
Em nota divulgada pelo Kremlin, o presidente russo Vladimir Putin condenou o bombardeio retaliatório encabeçado pelos EUA, de Donald Trumpo. “A Rússia condena duramente o ataque à Síria, onde militares russos ajudam o governo legítimo a lutar contra o terrorismo”, disse Putin, em comunicado. “Com suas ações, os Estados Unidos agravaram ainda mais a catástrofe humanitária na Síria, levando sofrimento à população civil.”
Autoridade russa diz que haverá 'consequências' ao Ocidente
O embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, afirmou que o ataque americano contra bases sírias “não ficará sem consequências”.
Irã diz que houve precipitação e também relatou 'consequências'
O governo do Irã também destacou o risco de “consequências regionais” aos EUA e aliados. “Não há provas e, sem esperar o resultado da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq), conduziram os ataques”, disse Teerã, em comunicado divulgado nas redes sociais. Segundo o Irã, vários dos locais atacados conseguiram ser evacuados nos últimos dias, graças a alertas dos russos.
Macron conversou com Putin antes do ataque
O presidente francês Emmanuel Macron afirmou que a coalizão ocidental não vai “tolerar a banalização do uso de armas químicas”. O comunicado foi publicado pelo Palácio do Eliseu no início da madrugada deste sábado, 14. Poucas horas antes do ataque, Macron conversou por telefone com o presidente russo Vladimir Putin para discutir o uso de armas químicas pelo governo de Assad contra reduto de rebeldes, nos arredores de Damasco. Foi a primeira conversa entre um líder do ocidente com o presidente russo desde o ocorrido.
'Pontual, dirigido e efetivo’, diz premiê britânica sobre medida
A primeira-ministra do Reino Unido se manifestou após os bombardeios afirmando que a decisão foi motivada por provas da inteligência britânica que comprovavam a responsabilidade do governo sírio de usar armamento químico contra rebeldes, causando mortes de civis.
China se manifesta e pede diálogo
O Ministério das Relações Exteriores da China, por meio de porta-voz, disse neste sábado, 14, que acredita que um acordo político é a única maneira de resolver a questão na Síria. A pasta chinesa pediu uma "investigação completa, justa e objetiva" sobre os ataques com armas químicas no país do Oriente Médio.
Merkel diz ser 'necessário' retaliação
A chanceler alemã, Angela Merkel, classificou a ação militar conjunta de Estados Unidos, Reino Unido e França, contra a Síria, como "necessária". Ela também responsabilizou a Rússia por se mostrar indiferente ao ataque químico do regime sírio no Conselho de Segurança da ONU.
ONU pede ‘moderação’
A organização, por meio de seu secretário-geral, Antonio Guterres, pregou "moderação" aos países envolvidos para evitar maiores tensões na Síria.
OTAN declara apoio aos ataques
O Secretário Geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg disse que as ações "reduziram a habilidade do regime de Bahar al-Assad de atacar as pessoas da Síria com armas químicas”.
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