Sisemp diz que pediu afastamento de diretor, não comitê de Amastha


Sisemp diz que pediu afastamento de diretor, não comitê de Amastha


Heguel Albuquerque: “São R$ 50 milhões investidos em fundos extremamente suspeitos" (Foto: Sisemp)
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Sisemp diz que pediu afastamento de diretor, não comitê de Amastha
POR CLEBER TOLEDO


O Sindicato dos Servidores Municipais de Palmas afirmou que foi o presidente da entidade, Heguel Albuquerque, quem pediu o afastamento do diretor de Investimentos do Instituto de Previdência de Palmas (Previpalmas), Fábio Martins Costa, na manhã dessa segunda-feira, 12, durante reunião do Conselho Municipal de Previdência (CMP).

No vídeo que divulgou à noite pelas redes sociais, o prefeito Carlos Amastha contou outra história. Segundo ele, o afastamento do ex-diretor do PreviPalmas foi sugerido por um comitê de investimento que ele disse ter pedido para ser formado no PreviPalmas. Mas o prefeito contou ter decidido demitir Costa.

Na reunião dessa segunda, o Fábio Martins Costa deveria explicar como foram realizados os investimentos nos Fundos Tercon e Icla Trust (Cais Mauá), apontados pela mídia como deficitários, e se foram cumpridos os requisitos legais conforme estabelecido na política de investimento do Previpalmas, para a efetivação de aplicações de maior risco.

Apesar de demonstrar que os investimentos não acarretaram em prejuízo para o Previpalmas, conforme o Sisemp, Costa não conseguiu esclarecer porque não foram seguidos os trâmites necessários para a realização das aplicações, uma vez que não foram apreciadas pelo Comitê de Investimentos, nem aprovadas pelo CMP. De acordo com o sindicato, questões como “Foi respeitada a política de investimento?” e “As habilitações da Icla e da Tercon foram aprovadas no CMP e registradas em Ata?”, feitas pelo conselheiro suplente, representante do Sisemp, Afonso Celso, “não foram respondidas claramente, demonstrando que os investimentos não foram realizados conforme determina a regulamentação”.

Por isso, o presidente do Sisemp, Heguel Albuquerque, afirmou que era necessário solicitar o afastamento do diretor. “É notório que trâmites importantes não foram cumpridos. São R$ 50 milhões investidos em fundos extremamente suspeitos, o que coloca em risco a saúde do instituto, coloca em risco nossa aposentadoria. Em primeiro lugar, a política de investimento aprovada pelo CMP não foi respeitada, os percentuais que são determinadas nas normas não foram respeitados, e, para que isso não aconteça novamente, nós pleiteamos pelo afastamento imediato do diretor de Investimentos, Fábio Martins”, afirmou Albuquerque na reunião dessa segunda, de acordo com o sindicato.

Também foi afirmado que o diretor de investimentos é responsável apenas pela análise e indicação de onde os recursos devem ser investidos, mas a efetivação do investimento é responsabilidade do presidente do PreviPalmas, Max Fleury, que, segundo o Sisemp, não acompanhou toda a reunião do CMP.

Albuquerque também voltou a cobrar a realização de concurso público e a indicação de um presidente servidor de carreira, o que, defendeu, “garantiria maior autonomia e transparência na gestão do Previpalmas”. (Com informações da Ascom)

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