Órgão dos EUA confirma investigação sobre Facebook e ações despencam





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Órgão dos EUA confirma investigação sobre Facebook e ações despencam

A Comissão Federal de Comércio dos EUA tornou pública a investigação; na Alemanha, ministra volta a fazer críticas e prometer regulamentação

26/03/2018 | 14h53










Por Agências - Reuters






Mark Zuckerberg é presidente do Facebook







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As ações do Facebook voltaram a cair nesta segunda-feira, 26, depois que a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) confirmou publicamente a investigação que analisa como a rede social permitiu que os dados de 50 milhões de usuários chegassem às mãos da Cambridge Analytica. A empresa já perdeu mais de US$ 100 bilhões em valor de mercado como reflexo do escândalo.



O mercado reagiu negativamente porque a FTC só confirma a existência de uma investigação em casos de interesse público significativo. A medida também aumenta a pressão na empresa – na última semana, legisladores dos Estados Unidos e Europa pediram depoimentos do presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, para explicar como a empresa lida com privacidade de dados. Nesta segunda-feira, Zuckerberg foi convidado pelo Senado americano para depor, junto com Jack Dorsey, do Twitter, e Larry Page, do Google.



Na manhã de hoje, as ações do Facebook chegaram a operar em queda de 5%, valendo cerca de U$ 150, o menor valor desde julho do ano passado. Em 10 dias, a rede social já perdeu mais de U$ 100 bilhões em valor de mercado.








Crise. A ministra alemã Katarina Barkey voltou a falar nesta segunda-feira que a rede social precisa enfrentar regras mais rígidas e penas mais duras. Em uma coletiva de imprensa, acompanhada por executivos do Facebook, Barkey disse que as promessas feitas pela empresa não são suficientes e que “no futuro, teremos que regulamentar empresas como o Facebook com muito mais rigor”.



A ministra também disse que o Facebook mostrou que 1% dos 300 mil usuários que responderam ao questionário de personalidade, usado para coletar dados de algoritmo de seleção de eleitores da Cambridge Analytica, estavam na Europa.



Ainda segundo Barkey, a empresa não deixou claro quantos desses usuários estavam na Alemanha e quantos dos 50 milhões de usuários afetados por conta do círculo de amizades também eram alemães.



Em resposta, o Facebook prometeu tentar entrar em contato com todos os afetados.



Reflexo. A rede social também enfrenta um crescente descontentamento de anunciantes e usuários. A varejista americana de autopeças, Pep Boys, anunciou hoje a suspensão de toda a publicidade feita no Facebook, juntando-se ao Mozilla, que também retirou os anúncios na semana passada.



Os usuários também estão descontes com a plataforma. Pesquisas de opinião feitas no fim de semana e publicadas no domingo, 25, dão conta de que a maioria dos americanos desconfia que a rede social não obedeça às leis de privacidade dos Estados Unidos. Além disso, uma pesquisa publicada na Alemanha indica que 60% dos alemães temem que as rede sociais têm impacto negativo na democracia.

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