"Me machucou um pouco, mas não foi grave", diz ator agredido em Paixão de Cristo no RS
"Me machucou um pouco, mas não foi grave", diz ator agredido em Paixão de Cristo no RS
Luciano Nagel
Colaboração para o UOL, em Porto Alegre31/03/201816h47
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Foto: Facebook/Reprodução
'Paixão de Cristo' em Nova Hartz é palco de agressão
"Me machucou um pouco, mas não foi grave. Sorte que eu estava com a proteção na cabeça, se não teria sido pior". A afirmação é de Samir André Rodrigues, 23, que trabalhava como ator voluntário --vestido de soldado romano -- em uma encenação da Paixão de Cristo no Rio Grande do Sul quando foi agredido por um membro do público.
O agressor agiu nos momentos finais da encenação, quando o soldado romano feria Jesus Cristo na cruz com uma lança. Transtornado, o homem não identificado subiu no palco e atacou Rodrigues aplicando golpes com um capacete.
Vídeo com imagens da agressão circulou pelas redes sociais
O caso ocorreu na sexta-feira (30) em Nova Hartz, região do Vale dos Sinos. A ação foi filmada e viralizou nas redes sociais -- porque internautas começaram a afirmar que o suspeito tentava "salvar" Jesus da "agressão" do soldado romano.
Arquivo pessoal
Samir André Rodrigues fez papel de soldado romano em Paixão de Cristo
Rodrigues é funcionário de um frigorífico da região. Ele disse ao UOLpor telefone que participa da encenação há cinco anos e nunca tinha presenciado uma reação tão violenta do público.
"Trabalho como ator voluntário porque gosto mesmo, e jamais a gente espera isso, o cara invadir e te dar com a capacete na cabeça. Isso tu nunca imaginas que vai acontecer", contou o jovem.
Ele afirmou que depois das agressões ainda resolveu dar continuidade a peça, que já estava prestes a acabar. "Mesmo assim a gente não parou".
O rapaz preferiu não registrar boletim de ocorrência contra o agressor.
O delegado Fernando Pires Branco, da Delegacia de Polícia de Nova Hartz afirmou que o município não disponibiliza do serviço de "plantão" nos finais de semana. O registro teria que ser feito na cidade de Taquara, distante a cerca de 20 quilômetros de Nova Hartz.
"Não tenho conhecimento que foi registrada alguma ocorrência em Taquara, mas na segunda-feira, iremos ver se a pessoa agredida irá registrar alguma ocorrência em Nova Hartz, ou não".
"Se a pessoa for até a delegacia e registrar a ocorrência nós vamos tomar as medidas cabíveis. Este é um tipo de crime que necessita da representação dele", afirmou o delegado Pires.
Por telefone, a Brigada Militar do município confirmou que houve um tumulto e que foi acionada para o deslocamento até a praça da cidade, no entanto as partes envolvidas decidiram não registrar a queixa.
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