'Grande injustiça o que aconteceu', diz vice-governadora do Tocantins após cassação


'Grande injustiça o que aconteceu', diz vice-governadora do Tocantins após cassação

Cláudia Lelis (PV) cumpriu agenda neste sábado (24) em Palmas e se pronunciou sobre o julgamento do TSE que cassou mandato dela e do governador do estado, Marcelo Miranda.




Por G1 Tocantins e TV Anhanguera

24/03/2018 15h18 Atualizado há 19 horas






'Grande injustiça o que aconteceu', diz vice-governadora do Tocantins após cassação



"Foi uma grande injustiça o que aconteceu", afirmou a vice-governadora do Tocantins, Cláudia Lelis (PV), neste sábado (24), dois dias após o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que cassou o mandato dela e do governador Marcelo Miranda (MDB). Ela cumpriu agenda em Palmas nesta manhã e se pronunciou sobre o caso. (Veja o vídeo)


"Está tudo muito vago, a gente não sabe o que vai ter nesse acórdão, mas eu vejo com uma grande injustiça e uma grande preocupação por causa dos prejuízos que isso vai trazer ao estado e à população do Tocantins. Por isso estamos aqui hoje dando continuidade a nossa agenda porque o governo nao para e a população não pode esperar".


Marcelo Miranda chegou ontem ao estado e fez uma reunião com o primeiro escalão do governo, mas durante a manhã deste sábado (24) a Secretaria de Comunicação informou que ele voltou à Brasília para cumprir ''compromissos partidários'. Ele ficou menos de 24 horas no Tocantins.


Cláudia compareceu, sem o governador, a um evento de entrega de cestas básicas a seis municípios que estão em situação de emergência por causa do volume de chuva. São eles: Cristalândia, Dueré, Formoso do Araguaia, Lagoa da Confusão, Pium e Santa Rita do Tocantins. A Defesa Civil entregou também colchões e kits de higiene para representantes das cidades.



Cláudia Lelis (blusa verde) se pronuncia após cassação do TSE (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)



A vice-governadora estava sorridente, tirou fotos e cumprimentou as pessoas. Ela se mostrou confiante e disse que pretende recorrer.


"Nós estamos aguardando a publicação do acórdão para que todas as medidas judiciais cabíveis sejam tomadas através dos nossos advogados".


Enquanto a vice-governadora aparece nos eventos públicos, o governador cassado Marcelo Miranda faz reuniões no Palácio Araguaia e evita aparecer publicamente. Ele ainda não se pronunciou sobre o julgamento. No dia em que o TSE determinou a saída dele do cargo, ele estava em Brasília participando do Fórum Mundial da Água. Nesta sexta-feira (23), ele voltou ao Tocantins.



Marcelo Miranda chegou a Palmas nesta sexta-feira após cassação (Foto: TV Anhanguera/Reprodução)


Miranda chegou em um jatinho ao Aeroporto Brigadeiro Lysias Rodrigues, na capital. O desembarque foi no hangar que pertence ao governo do estado. Na chegada ele conversou com funcionários de algumas secretarias que foram autorizados a entrar no local.


Miranda viajou acompanhado da mulher, a deputada federal Dulce Miranda (MDB). A vice-governadora cassada recebeu o casal no hangar.


O presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Carlesse (PHS), que deve assumir o governo, também estava viajando para São Paulo e voltou a Palmas durante a manhã desta sexta-feira. Na chegada, ele evitou polêmicas e disse que aguarda a notificação da Justiça para tomar posse.


Do aeroporto, ele seguiu para a Assembleia, onde se reuniu com assessores. "Hoje, eu sou presidente da Assembleia vou para a Casa continuar meu trabalho normal como deputado e presidente. Sou muito pé no chão, as coisas tem que caminhar de acordo com os acontecimentos. Eu só fui informado pela imprensa e a gente tem que aguardar até por respeito com o governador. Ele ainda é governador."



Após ser intimado, Carlesse deve ocupar o cargo de governador por até 40 dias. Durante esse período deverão ser realizadas eleições para o mandato tampão, cujo formato ainda não foi definido.



Mauro Carlesse estava em São Paulo e chegou a Palmas nesta sexta-feira (Foto: Nathalia Henrique/TV Anhanguera)




Cassação




O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou na manhã desta quinta-feira (22) os diplomas do governador Marcelo Miranda (MDB) e da vice-governadora Cláudia Lelis (PV). O processo, que analisa caixa dois durante a campanha de 2014, começou em 2015 após uma aeronave ser apreendida com R$ 500 mil em Goiás.


O advogado Thiago Boverio, que representa o governo, informou que vai recorrer da decisão. “Há muitos fatos para esclarecer. O próprio ministro disse que há muitos indícios e isso tudo será esclarecido nos embargos declaratórios. Quanto à execução, o que ficou bem claro é que o ministro tomou para si a possibilidade de decidir sobre isso”, disse.


O julgamento no TSE começou em 2017, mas o ministro Luiz Fux havia pedido para analisar o processo, que estava parado desde então. No primeiro julgamento, a relatora do processo, ministra Luciana Lóssio, votou contra a cassação da chapa de Marcelo Miranda. Porém, nesta quinta-feira (22) os ministros cassaram os diplomas por 5 votos a 2.

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