Em tom de despedida, Marcelo Miranda diz não guardar mágoas e fala em 'nova caminhada' Governador cassado falou durante inauguração de escola de tempo integral em Palmas. Mais cedo ele disse que vai recorrer da decisão do TSE.


Em tom de despedida, Marcelo Miranda diz não guardar mágoas e fala em 'nova caminhada'

Governador cassado falou durante inauguração de escola de tempo integral em Palmas. Mais cedo ele disse que vai recorrer da decisão do TSE.




Por G1 Tocantins

26/03/2018 21h34 Atualizado há 1 hora




Marcelo Miranda falou durante inauguração de escola (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)



O governador cassado do Tocantins, Marcelo Miranda (MDB), fez um discurso em tom de despedida nesta segunda-feira (26) durante a inauguração de uma escola de tempo integral em Palmas. Na fala, ele disse que não guarda mágoas, agradeceu o empenho de apoiadores e falou em 'nova caminhada'.



"Eu não guardo mágoas, não tenho motivo de guardar mágoas de ninguém. Eu tenho motivo só de dizer a todos os senhores e as senhoras muito obrigado! Muito obrigado pelo início de uma nova caminhada. Uma caminhada que eu posso dizer a vocês que não termina agora".




No discursso, ele lembrou que venceu todas as eleições de que já participou e disse que vai seguir trabalhando normalmente. Mais cedo, em outro evento, ele informou que vai recorrer da decisão do Tribunal Superior Eleitoral.


Por enquanto, ele continua no cargo. A decisão só passa a valer a partir da publicação do acórdão do julgamento. A previsão é que isto aconteça esta semana, segundo o TSE.




A cassação




O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou na manhã desta quinta-feira (22) os diplomas do governador Marcelo Miranda (MDB) e da vice-governadora Cláudia Lelis (PV). O processo, que analisa caixa dois durante a campanha de 2014, começou em 2015 após uma aeronave ser apreendida com R$ 500 mil em Goiás.


O advogado Thiago Boverio, que representa o governo, informou que vai recorrer da decisão. “Há muitos fatos para esclarecer. O próprio ministro disse que há muitos indícios e isso tudo será esclarecido nos embargos declaratórios. Quanto à execução, o que ficou bem claro é que o ministro tomou para si a possibilidade de decidir sobre isso”, disse.


O julgamento no TSE começou em 2017, mas o ministro Luiz Fux havia pedido para analisar o processo, que estava parado desde então. No primeiro julgamento, a relatora do processo, ministra Luciana Lóssio, votou contra a cassação da chapa de Marcelo Miranda. Porém, nesta quinta-feira (22) os ministros cassaram os diplomas por 5 votos a 2.

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