Cabeça erguida? QUEM ROUBA E MATA NÃO PODE SAIR DE CABEÇA ERGUIDA COM 546 PROCESSOS!, diz Marcelo Miranda em vídeo após saída do governo do Tocantins

Cabeça erguida', diz Marcelo Miranda em vídeo após saída do governo do Tocantins

TSE condenou ele e a vice, Cláudia Lélis (PV) a perderem o mandato por irregularidades na campanha de 2014. Durante pronunciamento, Miranda disse que 'a luta não termina com esta sentença'.




Por G1 Tocantins

27/03/2018 12h46 Atualizado há menos de 1 minuto





























Marcelo Miranda divulga pronunciamento após saída do governo do Tocantins



O governador cassado do Tocantins, Marcelo Miranda (MDB), divulgou um vídeo nesta terça-feira (27), após deixar o comando do Poder Executivo. No pronunciamento, ele diz que permanece com a cabeça erguida. Falou também que a luta não termina com a sentença do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que cassou o mandato dele e da vice-governadora, Claudia Lelis (PV). (Veja o vídeo)


O acórdão da cassação foi publicado na noite desta segunda-feira (26), quando o órgão também determinou a realização de eleições diretas no Tocantins.


No vídeo, ele relembra que foi eleito por três vezes como governador do estado e agradeceu o apoio dos tocantinenses.



"Quero agradecer o apoio e dizer que a nossa luta não termina com esta sentença. Nestes três anos, trabalhamos para todo o povo tocantinense, principalmente para quem merecia mais atenção. E não foi fácil. Enfrentamos uma das maiores crises do país", afirma o político.




No decorrer da fala, ele elenca obras e investimentos que fez durante os três anos de mandato. "[...] como no HGP, que acabamos com as temerárias tendas e dobramos a quantidade de leitos. Foram recuperados mais de 3 mil quilômetros de rodovias em todas as regiões do Estado. Inauguramos e reformamos escolas e pagamos um dos maiores pisos salariais aos professores".


As tendas instaladas no maior hospital público do Tocantins, o Hospital Geral de Palmas (HGP), foram alvo de críticas durante o governo de Miranda. As estruturas foram fixadas no hospital no fim do ano de 2013, no governo de Siqueira Campos, e deveriam ser provisórias, enquanto fossem concluídas as obras de expansão da unidade. Mas ficaram por mais de quatro anos no local.


Durante o tempo em que foram usadas, as tendas foram criticadas até pelo Conselho Regional de Medicina, enfrentaram um surto de superbactéria e chegaram a ser interditadas eticamente pelo CRM. A estrutura em questão foi retirada do hospital em março de 2017.



Ao final, ele reafirmou que a luta continua. "Permaneço com a cabeça erguida e com a certeza que vamos continuar a luta por um Tocantins mais democrático, moderno e humano. Tenho fé em Deus que todo o trabalho que fizemos não foi em vão. Toda a minha gratidão pela solidariedade e carinho nesse momento em que a vida nos coloca mais um desafio. Já somos vitoriosos só por esse apoio. Um forte abraço."


Com a saída de Marcelo Miranda, o presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Carlesse (PHS), assume o cargo até a eleição direta. O pleito para escolher o governador que ficará até o dia 31 de dezembro deve ser realizado em um prazo de 20 a 40 dias.



Marcelo Miranda foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (Foto: Elizeu Oliveira/Divulgação)




Cassação




O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou na última quinta-feira (22) os diplomas do governador Marcelo Miranda (MDB) e da vice-governadora Cláudia Lelis (PV). O processo, que analisa caixa dois durante a campanha de 2014, começou em 2015 após uma aeronave ser apreendida com R$ 500 mil em Goiás.


O advogado Thiago Boverio, que representa o governo, informou que vai recorrer da decisão. “Há muitos fatos para esclarecer. O próprio ministro disse que há muitos indícios e isso tudo será esclarecido nos embargos declaratórios. Quanto à execução, o que ficou bem claro é que o ministro tomou para si a possibilidade de decidir sobre isso”, disse.



O julgamento no TSE começou em 2017, mas o ministro Luiz Fux havia pedido para analisar o processo, que estava parado desde então. No primeiro julgamento, a relatora do processo, ministra Luciana Lóssio, votou contra a cassação da chapa de Marcelo Miranda. Porém, nesta quinta-feira (22) os ministros cassaram os diplomas por 5 votos a 2.