As táticas e os truques do MBL As estratégias do grupo que nasceu como movimento político e hoje atua como máquina de marketing em favor de uns poucos e seletos candidatos
As táticas e os truques do MBL
As estratégias do grupo que nasceu como movimento político e hoje atua como máquina de marketing em favor de uns poucos e seletos candidatos
Por Eduardo Gonçalves
access_time24 mar 2018, 06h00
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Kim Kataguiri, um dos nomes mais conhecidos do MBL (Ananda Migliano/Futura Press/Folhapress)
Kim Kataguiri, o líder do Movimento Brasil Livre (MBL), anunciou que o grupo vai apoiar o empresário Flávio Rocha para concorrer à Presidência da República. Ótimo para o MBL e ótimo para Rocha. Mas é bom que se diga logo: não se trata aqui de um movimento político aderindo a um candidato. Primeiro porque o dono da Riachuelo ainda não é candidato e nem partido tem. Depois porque o MBL, em que pese a tentativa de dedaço de Kataguiri, não é propriamente um movimento político — está bem mais para uma azeitada máquina de marketing do que para uma legenda partidária.
O grupo surgiu em maio de 2014, quando dois jovens filiados ao PSDB decidiram criar um movimento para renovar a política de sua cidade — Vinhedo, no interior de São Paulo. O lançamento, na praça central, foi um fracasso retumbante. Não reuniu mais que uns poucos gatos pingados. Mas um dos jovens, Renan Santos, então com 30 anos, resolveu ir adiante. Montou uma página no Facebook e começou a abastecê-la com alvo certeiro: críticas ao PT. Com a ajuda de amigos publicitários e youtubers — entre eles Kataguiri —, passou a produzir em escala industrial memes com potencial de viralização. Seis meses depois, estava na Avenida Paulista, no coração de São Paulo, liderando manifestações em favor do impeachment de Dilma Rousseff. Hoje o grupo reúne mais de 2,6 milhões de seguidores nas redes.
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