A testemunha que pode abalar as estruturas do Planalto Pela primeira vez em quase duas décadas, a blogueira de moda Érika Santos falou do esquema de pagamentos de suborno que ela mesma denunciou vinte anos atrás


A testemunha que pode abalar as estruturas do Planalto
Pela primeira vez em quase duas décadas, a blogueira de moda Érika Santos falou do esquema de pagamentos de suborno que ela mesma denunciou vinte anos atrás
Por Thiago Bronzatto, de Paris
access_time30 mar 2018, 10h06 - Publicado em 30 mar 2018, 09h48
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Há vinte anos - Érika Santos (à dir., em Paris) e o relatório da investigação falando de “caixinhas” ou “propinas”: pagamentos a pessoas identificadas como “MT”, “MA” e “Lima” (Cristiano Mariz/VEJA)

A Polícia Federal e o Ministério Público tentam juntar as peças do quebra-cabeça que envolve uma grave suspeita contra o presidente Michel Temer: ele seria mentor e beneficiário do esquema de corrupção instalado há mais de duas décadas no Porto de Santos. A Lava-Jato já colheu depoimentos e indícios que convergem para um mesmo ponto: empresas pagaram milhões de reais em propina a políticos para garantir privilégios na operação de terminais portuários. Agora, as autoridades estão atrás de uma testemunha que pode mudar o curso da investigação — uma mulher que viu de perto a gênese do esquema, colheu documentos que provam sua existência desde a década de 90, sabe o nome dos personagens envolvidos e chegou até a ameaçar denunciá-los — mas, depois, fez um acordo, desistiu das acusações e desapareceu. VEJA a localizou.

Pela primeira vez em quase duas décadas, a blogueira de moda Érika Santos falou do esquema de pagamentos de suborno que ela mesma denunciou vinte anos atrás. “Todo mundo já sabe a verdade há muito tempo”, disse. Que verdade? Ela se mostra incomodada com a pergunta: “Por que vocês não pegam a planilha e vão atrás? Não tenho o que falar mais sobre essa história”. Em 2001, Érika apresentou à Justiça uma planilha que, segundo ela, revelava a existência de um esquema de “caixinha e propina” no Porto de Santos. O documento mostrava supostos pagamentos de suborno de empresas a personagens identificados como “MT”, “MA” e “Lima”. Os investigadores suspeitam que MT seja Michel Temer, MA se refira ao economista Marcelo de Azeredo e Lima corresponda ao hoje famoso coronel João Baptista Lima Filho, amigo do presidente e um dos presos na operação da quinta-feira 29.

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