A aula da felicidade Universidade de Yale oferece um curso que ensina a ser feliz praticando gratidão, gentileza e intimidade. Ele já é o mais procurado nos 378 anos da instituição americana


A aula da felicidade
Universidade de Yale oferece um curso que ensina a ser feliz praticando gratidão, gentileza e intimidade. Ele já é o mais procurado nos 378 anos da instituição americana


APOSTILA Duas vezes por semana, o principal auditório da universidade lota de estudantes que querem viver melhor (Crédito: The New York Times)


Cilene Pereira02.03.18 - 18h00 - Atualizado em 05.03.18 - 13h00

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É certo que não existe fórmula para felicidade, mas há caminhos descritos pela ciência para melhorar o bem-estar. São eles a base do curso que começou a ser ministrado no início do ano pela psicóloga Laurie Santos na Universidade de Yale (EUA) e que rapidamente se transformou no mais procurado na história dos 378 anos da instituição. Às terças e quintas-feiras, o principal auditório da universidade lota para ouvir as lições de Laurie. “Os estudantes perceberam que a cultura do estresse, do excesso de trabalho, é muito nociva”, disse a psicóloga à ISTOÉ. “Isso explica a procura além do que esperávamos.”MITOS E VERDADES Davi aprendeu nas aulas que ser gentil e grato pelas coisas boas da vida é mais importante do que ganhar muito dinheiro (Crédito:Divulgação)

As aulas ensinam que a felicidade tem menos a ver com circunstâncias da vida, como receber um bom salário, e mais com a prática cotidiana de ações que se mostraram cientificamente eficazes. Coisas como aumentar as conexões sociais, lembrar-se dos aspectos bons da sua vida, dormir oito horas por noite, meditar e se exercitar. “Não basta identificarmos o que nos faz felizes. É preciso praticar. Caso contrário, nada muda”, diz Laurie.


No curso, os alunos conhecem as alterações cerebrais promovidas pela sensação de bem-estar e de que maneira são processadas a partir de ações diárias. Com a consistência científica por trás dos dados, fica mais fácil aos frequentadores compreenderem de que maneira o comportamento influencia o funcionamento cerebral e vice-versa. “Entendi de que forma a cognição humana guia a maneira como nos sentimos”, afirma o paulistano Davi Lemos da Silva, 21 anos, matriculado nas faculdades de Ciências da Computação e de Psicologia. “Temos mitos em relação ao que achamos que nos fará felizes, como dinheiro, casamento. Na verdade, é a gentileza, gratidão, saúde, senso de comunidade, intimidade.”

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