Sindicato sai em defesa de servidor que recebeu ordem de prisão de juiz em PalmasSindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Tocantins explicou que escrivão estava apenas cumprindo uma lei e que magistrado cometeu assédio moral e abuso de autoridade
24/02/2018 17:52:28 - Atualizada em 24/02/2018 18h10min Da Redação

Sindicato afirma que escrivão demonstrou zelo e cumprimento da lei Da Web

O Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Tocantins (SINSJUSTO) posicionou-se frente a situação ocorrida na última quinta-feira, 22, quando o juiz da 4º Vara Criminal, Luiz Zilmar dos Santos Pires deu ordem de prisão a um escrivão que se recusou a obedecê-lo. Segundo o Sindicato explicou em nota encaminhada a imprensa na tarde deste sábado, 24, "a recusa do servidor não se deu por ânimo pessoal ou qualquer outro sentimento senão o de zelo no cumprimento das normas legais, as quais foram ignoradas pelo magistrado".



O SINSJUSTO, que acompanhou a situação, esclareceu ainda que o escrivão estava em apenas cumprindo uma lei. "Diante de uma latente demonstração de arbitrariedade em que se apresentou a ordem prisional direcionada ao trabalhador, vale lembrar que este estava apenas cumprindo o seu dever legal, o nobre magistrado abriu mão da sua agigantada importância e agiu em clara demonstração do ultrapassado jargão: “manda quem pode e obedece quem tem juízo”, algo que acreditamos não encontrar eco na classe dos magistrados tocantinenses, os quais são, em sua maioria, serenos e apegados aos ditames legais".



O presidente do SINSJUSTO, Fabrício Ferreira, informou que o magistrado cometeu assédio moral e abuso de autoridade e que as medida cabíveis serão tomadas. “Reunimos com a diretoria do Foro, juíza bem sensata [Dra. Flávia], carismática e pacificadora, e, com muito diálogo e argumentos, evitamos a prisão e tudo se normalizou. Todavia, o sindicato tomará, com bastante rigor, medidas nas duas corregedorias, nacional e local, inclusive acionando a Federação para que apresente uma demanda na OIT, pois assédio moral e abuso de autoridade, cometidos em tese pelo magistrado, não têm mais espaço em um Pais democrático e republicano", alertou.



Entenda


Um desentendimento ocorrido na quinta-feira, 22, no Fórum de Palmas movimentou o órgão quando o juiz Luiz Zilmar dos Santos Pires deu ordem de prisão a um auxiliar que se recusou a obedecê-lo. O juiz teria então deferido uma ordem de prisão para seu auxiliar, com a justificativa de que o mesmo não teria cumprido uma ordem de recolher drogas e arma de fogo.

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