PCC decidiu matar assassinos de líderes, diz polícia Ação iniciada na quinta-feira, 22, com execução na zona leste, seria queima de arquivo; número de mortes chegaria a 3, segundo inteligência
PCC decidiu matar assassinos de líderes, diz polícia
Ação iniciada na quinta-feira, 22, com execução na zona leste, seria queima de arquivo; número de mortes chegaria a 3, segundo inteligência
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Felipe Resk e Marcelo Godoy, O Estado de S.Paulo
24 Fevereiro 2018 | 03h00
SÃO PAULO - A polícia acredita que a cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC) ordenou o assassinato de todos os participantes da execução de Rogério Jeremias de Simone, de 41 anos, e Fabiano Alves de Souza, de 38. A queima de arquivo já teria atingido três dos executores de Gegê e Paca. Dois outros estariam condenados à morte pelas facção.
Crime ocorreu em frente a hotel no Jardim Anália Franco Foto: Divulgação/Polícia Civil
O primeiro a ser assassinado foi Wagner Ferreira da Silva, de 32 anos, o Waguininho ou Cabelo Duro. Ele foi morto a tiros de fuzis de calibre 5,56 mm e 7,62 mm por dois homens que vestiam coletes à prova de bala e balaclavas. Cabelo Duro foi alvejado depois de descer de um HB-20 na frente de um hotel na zona leste de São Paulo.
Além dele, a inteligência da polícia obteve informações de que o PCC executou ontem André Oliveira Macedo, o André do Rap. Um dos principais aliados de Cabelo Duro, que era o chefe da facção na Baixada Santista, André do Rap era o operador do embarque de cocaína para a Europa no Porto de Santos. A polícia também recebeu a informação de que o terceiro morto é um bandido conhecido como Nado.
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Chefe do PCC na Baixada é morto a tiros em SP
Segundo a inteligência policial, as mortes podem começar uma guerra dentro da facção, pois será difícil o grupo de presos ligados a Gegê e Paca acreditar que Cabelo Duro ou Fuminho deram a ordem para matar os dois sem a anuência de Marcola e de Daniel Vinícius Canônico, o Cego, outro líder do PCC. Para os investigadores, a queima de arquivo impediria ainda que, presos, os acusados da execução fizessem revelações sobre a facção e Marcola.
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Decreto
Na tarde de quinta-feira, 22, a 1.ª Vara de Aquiraz, no Ceará, havia decretado a prisão temporária por 30 dias de Cabelo Duro no inquérito que apura as mortes de Gegê e Paca, ocorridas no dia 15, no Ceará. Segundo as investigações, Cabelo Duro era um dos homens que executaram os chefes do PCC.
Os dois haviam embarcado em um helicóptero Esquilo em Fortaleza. Na aeronave iria o piloto Felipe Ramos Morais e outros quatro homens. O bando simulou uma pane no aparelho. Após o pouso em uma reserva indígena em Aquiraz, o grupo executou Gegê e o Paca.
O nome de Cabelo Duro surgiu em um bilhete apreendido por agentes prisionais na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, na qual estão os líderes da facção. No papel, o PCC informava que Cabelo Duro havia contado que as mortes haviam sido ordenadas por Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, sócio de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.
Segundo o bilhete, um traficante conhecido como Fuminho teria executado Gegê e Paca Foto: Reprodução
No bilhete, a cúpula do PCC informava que Gegê e Paca estavam roubando o grupo. Os dois foram mortos com tiros no rosto e facadas no olhos, o que seria uma espécie de recado: os dois demonstraram ter olhos grandes demais.
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