O Rio refém do crime Tiroteios e interdições de via expressa mostram que a violência retorna em velocidade acelerada
BRASIL
O Rio refém do crime
Tiroteios e interdições de via expressa mostram que a violência retorna em velocidade acelerada
02/02/2018 - 20h25 - Atualizado 02/02/2018 20h33
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A polícia revista pessoas em mais uma semana de violência intensa no Rio. A estratégia atual de segurança pública está fracassando (Foto: Gabriel De Paiva/ Agência O Globo)
A segurança pública no Rio de Janeiro continua andando de marcha a ré em velocidade acelerada. Dessa vez, o palco do retrocesso foi uma das principais vias expressas da cidade, a Linha Amarela. Duas vezes, nos dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro, tiroteios intensos tomaram as pistas, apavorando moradores do entorno e motoristas. A Linha Amarela foi interditada nos dois dias várias vezes. Em alguns dos casos, a circulação dos carros foi impedida por duas horas nos dois sentidos. Isso tudo durante os períodos de pico no trânsito da manhã. A via é essencial para conectar a Zona Oeste com o centro e a Zona Norte do Rio. Além de gerar congestionamentos em toda a cidade, os tiroteios na Linha Amarela representam a volta do pesadelo que os cariocas viveram por três décadas, no auge do crime organizado na cidade, até o início da pacificação em 2008.
>> O Rio de Janeiro tem solução?
Dez anos depois, na esteira de uma crise fiscal sem precedentes no estado, a deterioração da política de segurança pública fica cada vez mais dramática. Os cidadãos do Rio voltaram a se sentir reféns dos conflitos entre organizações criminosas, e o domínio do estado de direito recua no território das ruas, criando de novo zonas onde manda a lei do crime. A crise vai além do Rio. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que o sistema de segurança do Brasil está “falido” e citou a “nacionalização” e a “transnacionalização” do crime. Ele também falou sobre o caso de um traficante do Rio, que ordenou um ataque na cidade de dentro da penitenciária em Rondônia, para mostrar a dimensão nacional da crise. É um problema que exige uma solução articulada entre estados e federação.
O Rio refém do crime
Tiroteios e interdições de via expressa mostram que a violência retorna em velocidade acelerada
02/02/2018 - 20h25 - Atualizado 02/02/2018 20h33
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A polícia revista pessoas em mais uma semana de violência intensa no Rio. A estratégia atual de segurança pública está fracassando (Foto: Gabriel De Paiva/ Agência O Globo)
A segurança pública no Rio de Janeiro continua andando de marcha a ré em velocidade acelerada. Dessa vez, o palco do retrocesso foi uma das principais vias expressas da cidade, a Linha Amarela. Duas vezes, nos dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro, tiroteios intensos tomaram as pistas, apavorando moradores do entorno e motoristas. A Linha Amarela foi interditada nos dois dias várias vezes. Em alguns dos casos, a circulação dos carros foi impedida por duas horas nos dois sentidos. Isso tudo durante os períodos de pico no trânsito da manhã. A via é essencial para conectar a Zona Oeste com o centro e a Zona Norte do Rio. Além de gerar congestionamentos em toda a cidade, os tiroteios na Linha Amarela representam a volta do pesadelo que os cariocas viveram por três décadas, no auge do crime organizado na cidade, até o início da pacificação em 2008.
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Dez anos depois, na esteira de uma crise fiscal sem precedentes no estado, a deterioração da política de segurança pública fica cada vez mais dramática. Os cidadãos do Rio voltaram a se sentir reféns dos conflitos entre organizações criminosas, e o domínio do estado de direito recua no território das ruas, criando de novo zonas onde manda a lei do crime. A crise vai além do Rio. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que o sistema de segurança do Brasil está “falido” e citou a “nacionalização” e a “transnacionalização” do crime. Ele também falou sobre o caso de um traficante do Rio, que ordenou um ataque na cidade de dentro da penitenciária em Rondônia, para mostrar a dimensão nacional da crise. É um problema que exige uma solução articulada entre estados e federação.
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