Governo analisará eventuais demandas em segurança de outros Estados, diz Torquato Ministro da Justiça rechaçou, contudo, hipótese sobre intervenção no Ceará



Governo analisará eventuais demandas em segurança de outros Estados, diz Torquato
Ministro da Justiça rechaçou, contudo, hipótese sobre intervenção no Ceará
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Carla Araújo, O Estado de S.Paulo

18 Fevereiro 2018 | 22h22


Brasília - Ao lado do presidente do Senado, Eunício Oliveira, e do diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, afirmou na noite deste domingo, 18, que o governo federal vai analisar eventuais demandas de outros Estados em relação à Segurança Pública.

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"O que vier, o governo assistirá e responderá na extensão da sua capacidade operacional e no limite de Orçamento. Esse é o compromisso do governo do presidente Michel Temer", disse, na base aérea de Brasília, onde embarcou nesta noite uma força-tarefa policial ao Ceará para "dar apoio técnico às forças de segurança estaduais nas ações de combate ao crime organizado".




Torquato reconheceu que hoje o País vive uma "guerra de segurança pública" e que o governo tem que trabalhar junto com os Estados e responderá às demandas dentro de sua capacidade. "Vamos estar onde necessário, com a força possível", afirmou. "O crime é nacional e nenhum Estado pode combatê-lo sozinho".

O ministro disse ainda que "é natural" que a coordenação dos trabalhos na área de segurança sejam atribuição de sua pasta. "Nenhum Estado sozinho vai ganhar essa luta".


Ministro da Justiça, Torquato Jardim Foto: Evaristo Sa|AFP

Em relação ao Ceará, o ministro disse que o Estado vive um "momento difícil de segurança" e que o governo federal quer ajudar a "trazer a paz", mas rechaçou uma possível intervenção e afirmou que a situação é bem diferente da do Rio de Janeiro.

Torquato aproveitou a presença de Eunício para elogiar o presidente do Senado, que fez a demanda junto ao governo para seu reduto eleitoral. "A presença do senador Eunício é fundamental porque ele é grande canal político no Estado".

Segurança. Torquato disse não se sentir desconfortável com a criação da pasta de Segurança, disse que o Ministério da Justiça continuará com atribuições importantes e que acredita que em até dez dias a pasta possa ser dividida. "Estamos concluindo os documentos necessário para a divisão de tarefas", afirmou.

"O Ministério da Justiça e Segurança atualmente tem 17 secretarias", pontuou. "Vou continuar com a Funai, que já é um mundo em si mesmo, mais a questão migratória, mais os direitos econômicos com o Cade; tem muita tarefa", destacou, salientando que o trabalho das futuras duas pastas "será conjunto".

Questionado sobre o nome do ministro que ocupará a área de Segurança, Torquato afirmou que ele ainda está sendo "procurado" e que o perfil desejado pelo governo é de alguém reconhecido e com interlocução política com governadores e com o Congresso. "Criar o Ministério da Segurança Pública não é colocar no colo da União os problemas que são dos Estados", salientou.

Polêmica. Torquato evitou entrar na polêmica em relação às declarações do diretor-geral da Polícia federal, Fernando Segovia, que em entrevista à Reuters na semana retrasada disse que as provas contra o presidente Michel Temer na investigação sobre o decreto dos Portos são frágeis e indicou que o inquérito deveria ser arquivado.

"A Polícia Federal tem um lado constitucional fundamental, ela é a Polícia Federal do Poder Judiciário. Ou seja, enquanto polícia judiciária, a PF se reporta aos juízes federais e tribunais federais, e não ao Ministério da Justiça", afirmou Torquato. "A matéria versada pelo delegado Segovia tem a ver com esse lado constitucional e é uma linha constitucional que eu não atravesso", completou Torquato ao lado de Segovia, que terá de prestar esclarecimentos sobre sua fala no Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira, 19.

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