AURI-WULANGE SAI DO TITANIC DO AMASTHA ,O ICEBERG DESPONTOU


Auri-Wulange confirma rompimento com Amastha e dispara: “A nova política é pior que a velha”



Auri-Wulange: "Eu pude perceber a diferença entre a nova política e a boa política, o discurso e a prática"
Política
Auri-Wulange confirma rompimento com Amastha e dispara: “A nova política é pior que a velha”
Para ex-prefeito, grupo do líder palmense é "mais frio, calculista e maquiavélico”; ele fala em “exército de fakes" para atacar jornalistas e autoridades e diz que foi intimidado para desistir da pré-candidatura a deputado federal
Por Cleber Toledo



Ex-prefeito de Axixá, o advogado Auri-Wulange Ribeiro Jorge, depois de ter se tornado o principal aliado do prefeito de Palmas e pré-candidato a governador do PSB, Carlos Amastha, no Bico do Papagaio, confirmou o rompimento com o grupo, como o CT divulgou no dia 14. Auri-Wulange falou com o site, via WhatsApp, sobre os motivos o levaram a deixar Amastha, a quem chegou a receber na residência da família, em Luzimangues, com rasgados elogios no início de dezembro do ano passado.

No entanto, o conceito dele mudou sobre a nova política pregada pelo grupo do prefeito: “Realmente eles não são iguais à velha política, são piores: mais frios, calculistas, maquiavélicos. A nova política não tem coração”, disparou.

Auri-Wulange nega que o motivo tenha sido a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, deixada pelo deputado estadual Ricardo Ayres (PSB). O ex-prefeito diz que não chegou a responder o convite para a pasta, quando soube que o engenheiro de Maringá (PR) Roberto Petrucci Júnior, indicado do ministro da Saúde, Ricardo Barros, iria ocupar a vaga. “Soube que esse compromisso também não poderia ser honrado em razão de estarem trazendo do Sul do País um especialista em falcatruas em plano diretor. Um investigado pelo Gaeco do Ministério Público do Paraná”, disse.

Para o ex-prefeito, a prática do novo secretário que veio do Paraná é “o mesmo modus operandi dos investigados pela Operação Nosotros, da Polícia Federal”.”Amastha sempre se apresentava como combatente da corrupção, e importar um corrupto de Maringá ia contra tudo que eu tinha ouvido e acreditado”, critica Auri-Wulange.


Eles (fakes) atacam a honra e tentam denegrir de todas as formas a reputação dessas pessoas. Esses servidores têm força no governo municipal
Auri-Wulange Ribeiro JorgeEx-prefeito de Axixá


Na entrevista, ele diz também que o desgaste da relação com o prefeito começou com a aprovação do financiamento público de campanha pelo Congresso Nacional. O ex-prefeito contou que então teria sido pressionado a retirar sua pré-candidatura a deputado federal para favorecer a do vereador Tiago Andrino (PSB). Pior: garante ter sido intimidado. “A ‘nova política’, em conversa reservada, me garantiu que Amastha ‘já ganhou’ as eleições e que era bom eu ficar quieto e aceitar o que estava sendo proposto para mim, salário de secretário a ser pago por fora, porque o Amastha, segundo me disseram, guarda mágoas contra quem vai vai contra seus interesses”, conta.

Noutro ponto polêmico, Auri-Walange fala que o grupo de Amastha formou um “exército de fakes”. “Na sua grande maioria, são servidores do município, que trabalham de fachada, mas que, na realidade, passam o dia preparando posts e maquinando inverdades contra adversários políticos, jornalistas que por ventura falem mal da gestão Amastha, delegados federais que investigarem qualquer ato suspeito de corrupção, promotores e magistrados”, afirmou.

O CT está com espaço aberto para o prefeito de Palmas, prefeitura e os demais citados, caso queiram se manifestar.

Confira a seguir a entrevista com ex-prefeito Auri-Wulange Ribeiro Jorge:

CT — Como se aproximou do prefeito Carlos Amastha?

Auri-Wulange Ribeiro Jorge — No início do ano passado procurei o prefeito e declarei apoio a ele em razão de integrar o PSB, partido que tive a honra de ser vice-presidente estadual e presidente metropolitano, logo que deixei a Polícia Militar. Especialmente em razão do discurso do Amastha, que estava em sintonia com o sentimento nacional, do novo.

CT — Qual seria seu papel no projeto de Amastha em relação ao Palácio Araguaia?

Auri-Wulange Ribeiro Jorge — Me comprometi em ajudar na construção desse novo projeto, e, ladeado por esses pseudos novos políticos, me lancei, com o aval do prefeito Amastha, como pré-candidato a deputado federal. Tudo muito bem conversado. Eu seria o candidato a deputado federal do grupo na região do Bico do Papagaio, que sempre elegeu deputado federal, a exemplo de Osvaldo Reis e Homero Barreto.

Diante desse compromisso do grupo hipotecado por Amastha comecei a percorrer a região e conversar com amigos, falando do projeto de federal e capitaneando apoio também para a pré-candidatura a governador de Amastha. Tudo ia bem, até a aprovação no final do ano passado do malfadado financiamento público de campanha.

CT — O que o financiamento público teve a ver com o desgaste de sua relação com o prefeito?

Auri-Wulange Ribeiro Jorge — É que daí para frente tudo que havia sido acordado foi desfeito e a palavra do prefeito de Palmas e o risco n’água se transformaram na mesma coisa, ou seja, em nada.

Aí eu pude perceber a diferença entre a nova política e a boa política, o discurso e a prática. Enquanto não havia a perspectiva de dinheiro público, eu era o pré-candidato, depois que apareceu o dinheiro público, o candidato deveria ser o Tiago Andrino. Sem meias palavras me foi colocado que eu tinha que abrir mão da pré-candidatura para apoiar o Adir Gentil ou o Tiago Andrino para deputado federal, porque apenas eles tinham as bênçãos do prefeito Amastha nesse projeto de deputado federal. Ou seja, o discurso de não ter parente na política só funciona para os outros, porque percebi que o Amastha tem por Andrino um sentimento maior que um pai tem por um filho. Em relação a Adir gentil, os papéis se invertem: Amastha tem uma submissão maior, que um filho tem por um pai.


Riem dos tocantinenses e acreditam que são superiores, mesmo com as mãos sujas de corrupção. A propaganda parece a mesma implantada pelos nazistas
Auri-Wulange Ribeiro JorgeEx-prefeito de Axixá


CT – Deram ao sr. alguma outra possibilidade…

Auri-Wulange Ribeiro Jorge —Diante disso, me foi colocado por Adir e Andrino que eu iria assumir a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Regularização Fundiária. Não havia outra opção. Mais tarde soube que esse compromisso também não poderia ser honrado em razão de estarem trazendo do Sul do País, um especialista em falcatruas em plano diretor. Um investigado pelo Gaeco do Ministério Público do Paraná, por tentar, no exercício da função pública em secretaria similar à de Desenvolvimento Urbano e Regularização Fundiária de Palmas, extorquir dono de áreas particulares em Maringá. O modus operandi era o mesmo dos investigados pela Operação Nosotros, da Polícia Federal. Mas isso ocorreu no meio do caminho. Fui convidado para pasta e fiquei de pensar. Antes de responder se aceitaria ou não, já soube que este cidadão do Paraná ocuparia a vaga.

CT — Qual foi o sentimento diante disso?

Auri-Wulange Ribeiro Jorge — Para mim, foi uma sequência de constrangimentos e decepções, já que, em suas falas, o prefeito Amastha sempre se apresentava como combatente da corrupção, e importar um corrupto de Maringá ia contra tudo que eu tinha ouvido e acreditado. Nova política e velhas práticas nocivas à população.

CT — Do ponto de vista prático, o sr. tentou conversar com os interlocutores, o próprio prefeito ou pessoas próximas?

Auri-Wulange Ribeiro Jorge — A “nova política”, em conversa reservada, me garantiu que Amastha “já ganhou” as eleições e que era bom eu ficar quieto e aceitar o que estava sendo proposto para mim, salário de secretário a ser pago por fora, porque o Amastha, segundo me disseram, guarda mágoas contra quem vai vai contra seus interesses.

CT — Como reagiu a isso? Sentiu-se intimidado?

Auri-Wulange Ribeiro Jorge — Senti o tom intimidatório, especialmente sendo repetida de forma velada por seu exército de fakes, que, na sua grande maioria, são servidores do município, que trabalham de fachada, mas que, na realidade, passam o dia preparando posts e maquinando inverdades contra adversários políticos, jornalistas que por ventura falem mal da gestão Amastha, delegados federais que investigarem qualquer ato suspeito de corrupção, promotores e magistrados.



Tenho guarda-roupa, não mala como muitos desses que moram em hotéis e que a qualquer momento podem anoitecer e não amanhecer, como ocorreu com o Marcílio Ávila
Auri-Wulange Ribeiro JorgeEx-prefeito de Axixá


CT — Como funciona a ação desses fakes?

Auri-Wulange Ribeiro Jorge — Eles atacam a honra e tentam denegrir de todas as formas a reputação dessas pessoas. Esses servidores têm força no governo municipal. Um exército bem articulado e perigoso, que age sempre em bando, distorcendo informações acobertados pelo anonimato. São sempre bem municiados com os argumentos do marqueteiro de Amastha, que todos nós sabemos quem é.

CT — Diante disso tudo, como o sr. passou a ver o discurso da nova política?

Auri-Wulange Ribeiro Jorge — Realmente eles não são iguais à velha política, são piores: mais frios, calculistas, maquiavélicos. A nova política não tem coração, eles arrancam os últimos centavos do seu bolso e tentam destruir sua dignidade e reputação. Tentam falir os seus munícipes, através de pesados impostos, e ainda buscam fazer você acreditar que eles são os salvadores da pátria. Riem dos tocantinenses e acreditam que são superiores, mesmo com as mãos sujas de corrupção. A propaganda parece a mesma implantada pelos nazistas.

CT — Aí decidiu a deixar o grupo?

Auri-Wulange Ribeiro Jorge — Por essas e outras razões que não irei expor aqui. O líder desse grupo político, o prefeito Carlos Amastha, no afã de patrocinar uma campanha eleitoral, está sacrificando todos os palmenses com aumentos absurdos de impostos, porque vai custar muito dinheiro aos palmenses essa aventura eleitoral de seu prefeito. Mas que vai servir para que tenhamos duas vitórias. A primeira acontecerá dia 3 de abril as 8h45, com a renúncia em definitivo do prefeito Amastha. Já até se iniciou por todo Estado uma corrente de oração e o movimento “Renuncia Amastha”. E, no dia 7 de outubro, quando ele verdadeiramente irá entender que o Tocantins é um Estado de homens e mulheres que não irão cair em conversa de vendedor de ilusões e pagar o preço, através de super impostos de norte a sul do Estado, especialmente minha gente sofrida da região do Bico do Papagaio. Iremos dizer não a esses aventureiros.

CT — Quais seus projetos a partir de agora?

Auri-Wulange Ribeiro Jorge —Tenho uma história que se iniciou em Axixá. De lá saí para Palmas em cima de um caminhão para morar em um barraco de lona preta com nove irmãos. Fui militar e participei do maior movimento paredista da história desse país [greve da PM de 2001]. Me formei em direito e, na advocacia, conquistei o respeito e a amizade de meus clientes. Voltei para a minha cidade e dei minha parcela de contribuição como prefeito e cidadão. Ajudei na implantação dos campi da Unitins em Augustinópolis e Araguatins, quando presidente da Ambip [Associação dos Municípios do Bico do Papagaio]. Tenho raízes neste Estado, sou um tocantinense de coração, tenho guarda-roupa, não mala como muitos desses que moram em hotéis e que a qualquer momento podem anoitecer e não amanhecer, como ocorreu com o Marcílio [Ávila, ex-secretário de Infraestrutura de Palmas, que é de Florianópolis, em Santa Catarina]. Continuarei com o objetivo de ajudar meu Estado.

CT — Ainda pretende participar das eleições deste ano? Há convites de outros grupos?

Auri-Wulange Ribeiro Jorge — Após a notícia de que não teria espaço no PSB para candidatura, oito partidos me convidaram para filiar e concorrer às eleições por eles. Fui sondado, inclusive, pelo Marlon Reis [Rede], por quem tenho muita admiração. Vamos conversar com nossos apoiadores e iremos tomar uma decisão para qual agremiação partidária iremos. Mas esse golpe que sofremos, a tentativa de preterir um filho deste Estado, um biquense, de concorrer a um mandado eletivo, não irá nos abalar. Vamos continuar firmes em nosso objetivo, que é fazer, não o discurso demagogo da nova política, mas sim praticar a boa política.

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