Vídeo mostra ação de PMs momentos após balear e matar jovem Polícia afirma que vítima apontou uma arma para a viatura antes de ser baleada, mas a família nega que o jovem fosse dono da pistola. Legista diz que tiro foi dado pelas costas.


Vídeo mostra ação de PMs momentos após balear e matar jovem

Polícia afirma que vítima apontou uma arma para a viatura antes de ser baleada, mas a família nega que o jovem fosse dono da pistola. Legista diz que tiro foi dado pelas costas.




Por TV Anhanguera

08/01/2018 08h44 Atualizado há 51 minutos






Vídeo mostra ação de policiais que mataram jovem com tiro nas costas



Um vídeo mostra a ação de policias militares momentos após balear e matar Wilquer Romano da Silva, de 19 anos. O caso aconteceu em Formoso do Araguaia, na última quarta-feira (4). A polícia afirma que ele apontou uma arma para a viatura antes de ser baleado, mas a família negou que o jovem fosse dono da pistola. O médico legista João Luis Baris de Lima, que fez o exame no corpo, disse que o tiro foi dado pelas costas.


O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Formoso do Araguaia. Duas testemunhas foram ouvidas até o momento e outras, além dos policiais, devem ser ouvidas nesta segunda-feira (8).


O vídeo foi feito com um celular assim que um morador do bairro ouviu o tiro. Ele ficou atrás de uma árvore, a poucos metros dos policiais .


As imagens mostram Wilquer no chão e um policial militar da Força Tática abaixado. O PM usa luvas descartáveis. Ele pega algo e entrega para o colega que está em pé. É possível ver que tem um terceiro PM atrás.


A filmagem sai deles e quando volta só é possível ver um policial em pé. Logo aparece outro com uma sacola de plástico. Ele se aproxima do corpo e não dá para ver o que faz. Em seguida, caminha para a viatura com a sacola e volta sem nada.


A PM apresentou uma arma como sendo do jovem. Para os parentes e amigos dele é preciso esclarecer muita coisa. "Para mim foi tudo armado, tudo combinado, um ato de covardia", opina uma mulher que preferiu não se identificar.


"Não é certo isso, pegar sacola, usar luva. Alguma coisa eles fizeram de errado", defende outra mulher que também preferiu não se identificar.


As cenas estão de acordo com o que uma testemunha, que preferiu não mostrar o rosto, detalhou no dia do crime. "No local, os policiais desceram do carro, colocaram as luvas nas mãos, tiraram a carteira e o celular dele. Aí vieram e colocaram outro objeto em cima dele, que não era dele, numa sacola branca. Não dava para identificar o que era."



Wilker foi perseguido pela polícia, segundo a família e amigos, depois de empinar uma motocicleta. De acordo com eles, mesmo após o jovem pedir para não atirarem, ele foi atingido pelas costas. O caso deixou muita gente indignada.


"Acho uma covardia porque se queriam prender, prendessem ou fizessem alguma coisa, mas não precisava matar porque ele era um trabalhador", diz uma mulher que preferiu não se identificar.


Os PMs disseram que só atiraram porque Wilquer estava armado e reagiu durante a abordagem. "Eu não vi ele com a arma, só estava com o isqueiro, com a carteira e com o celular dele", conta outra testemunha que também não quis se identificar.


Segundo exames do IML, a bala entrou pelas costas atingiu a décima costela esquerda, perfurando o pulmão.



Vídeo mostra ação de policiais que mataram jovem pelas costas (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)




Resposta




A PM informou que instaurou um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias do fato. Questionada sobre o fato dos policias terem usado luvas para retirar pertences da vítima, disse que se trata de equipamento de proteção individual para evitar que o militar entre em contato com os fluidos corporais de outras pessoas em ocorrências que tenham sangue ou secreções.


Sobre a necessidade de esperar a perícia para mexer no corpo, a PM declarou que quando ainda há vestígios de sinais vitais, o policial deve realizar a verificação inicial e acionar o socorro como foi feito, segundo informaram os militares que atenderam a ocorrência. Ainda de acordo com eles, o corpo foi levado pela ambulância para receber atendimento médico.



Quanto ao exame realizado no IML que indica que o tiro foi dado pelas costas, enquanto PMs alegam que o jovem estava armado e depois de reagir é que foi baleado, a polícia disse que para avaliar a circunstância, deve ser aguardado o laudo oficial da Polícia Científica que será juntado ao Inquérito.


Já sobre o vídeo, a PM afirmou que as imagens farão parte da investigação em andamento e o posicionamento institucional será dado após a conclusão do inquérito.



Legista confirmou que Wilquer Romano foi baleado pelas costas (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)




O caso




Wilquer foi morto por policiais militares na tarde desta quarta-feira (3), em Formoso do Araguaia, sul do Tocantins. A família diz que o jovem não estava armado e foi baleado pelas costas. A Polícia Militar diz que o rapaz reagiu a uma abordagem no setor Aliança. A delegada disse que as primeiras informações são de que o tiro realmente foi pelas costas, mas que precisa aguardar o laudo do IML para ter certeza.


Uma arma e um celular foram apreendidos na cena do crime, mas a família garante que o revólver não estava com Wilquer antes dos tiros.


Segundo a PM, a vítima estava no Setor Aliança em uma motocicleta e fugiu quando foi abordado. Ainda segundo a PM, Silva apontou uma arma em direção à viatura e fez um disparo, momento em que os policiais revidaram e o atingiram.



Equipes de socorro do município foram chamadas, mas o jovem não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A Polícia Civil informou que ele não tinha passagem pela polícia. O corpo dele foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Gurupi e em seguida liberado para a família. O velório acontece na casa de parente nesta quinta-feira, em Formoso do Araguaia.


A mãe de Wilquer Romano afirma que o jovem não estava armado. "Dizendo o povo que ele estava trocando tiro, mas era mentira. Não tem arma. Como vai trocar tiro se não tem nada para fazer isso? Ele levantou a blusa, desceu o short e falou: 'ô seu menino, não me mata não, eu vivo do meu serviço'. Aí foram e atiraram nele. A polícia mandou ele virar as costas e no que ele virou, a polícia atirou nele", diz a mãe Valdirene Romana da Silva.


Moradores disseram que o rapaz teria chamado a atenção da polícia quando empinou uma moto. Ele fugiu e tentou se abrigar em uma casa, mas foi atingido por um tiro e caiu embaixo de árvores. "Mataram meu filho enganado, foi uma covardia. Eu quero justiça", pede a avó Maria de Lourdes da Silva.


Veja mais notícias da região no G1 Tocantins.



Jovem morreu em um suposto confronto com a PM (Foto: Divulgação)

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