SEGURANÇA FALIDA NO TOCANTINS-Ex-namorada do médico afirma que foi espancada e estuprada dentro do Presídio Feminino de Palmas


Ex-namorada do médico afirma que foi espancada e estuprada dentro do Presídio Feminino de Palmas
Segundo o advogado Paulo Roberto da Silva, Marla Cristina Barbosa dos Santos foi submetida a 18 de Jan de 2018 - 17h10, atualizado às 20h38
O advogado Paulo Roberto da Silva, que defende Marla Cristina Barbosa dos Santos, 42 anos, ex-namorada do médico Álvaro Ferreira da Silva, disse que sua cliente afirmou que foi espancada e estuprada na noite dessa quarta-feira, 17, dentro do Presídio Feminino de Palmas. “Ela foi submetida a exame de corpo de delito, que comprovou que ela está machucada”, garantiu o advogado. Marla foi presa no final da tarde dessa quarta-feira, 17.

Segundo ele, Marla foi encaminhada para a unidade prisional para cumprir prisão temporária a pedido do titular da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Palmas, delegado Pedro Ivo, que teria solicitado que Marla fosse colocada em uma cela separada das demais presas. “O pedido do delegado se deu por ele perceber que ela estava com o estado de saúde abalado, além dela ter curso superior. Ela é funcionária pública estadual e federal. Não tinha motivo para colocá-la junto com as demais presas, já que ela tem prerrogativas”, contou.

Paulo Roberto afirmou que as ordens o delegado de polícia não foram atendidas. “Em total desobediência as determinações feitas pelo delegado, a agente que estava encarregada do sistema prisional na noite passada, colocou minha cliente junto com outras seis presas quando ela passou por essa tortura. Nós vamos apurar esses fatos”, garantiu.

O advogado disse que levou a situação ao conhecimento do secretário da Cidadania e Justiça, Glauber de Oliveira, e pediu providências. “Vou acionar a Comissão Nacional de Direitos Humanos e a Justiça. Já registramos a ocorrência policial nesse sentido. Ela foi presa por suspeita de participação de um crime de violência contra a mulher. Aí de repente pegam essa mesma mulher e colocam em um presídio para comenterem violência contra ela. É uma coisa absurda! Depois de ouvida, o delegado não achou culpa nela”, falou Paulo Roberto.

Ele afirmou ainda que "o Brasil precisa ficar sabendo o que está acontecendo no sistema prisional do Estado". “A violência contra a mulher tem sido uma constante no Estado. O Tocantins não pode passar por um vexame desse tipo”, ressaltou.

Entenda o caso
Policiais Civis da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), de Palmas, comandados pelo delegado Pedro Ivo Costa Miranda efetuaram, no final da tarde dessa quarta-feira, 17, a prisão de Marla Cristina Barbosa dos Santos, 42 anos.

A mulher é ex-namorada do médico Álvaro Ferreira da Silva, que é considerado o principal suspeito de ter matado a professora Danielle Cristina Lustosa Grohs no dia 18 de dezembro do ano passado. Marla foi capturada, mediante cumprimento a mandado de prisão temporária de 30 dias, quando estava próxima à residência de sua mãe, na Quadra 403 Sul, em Palmas.

Nesta quinta-feira, 18, o advogado Paulo Roberto da Silva, que defende Marla Cristina, disse que o pedido de prisão da sua cliente foi somente para esclarecer fatos. “A polícia queria saber se ela tinha alguma informação ou se teve participação no crime que vitimou a professora Danielle Cristina Lustosa Grohs. Ela prestou depoimento, colaborou e a própria polícia entendeu que não há necessidade dela permanecer presa. Ficou claro que ela não participou do crime”, contou o advogado.

Seciju
Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) não confirmou o espancamento e nem o estupro citado por Marla Cristina. Contudo, informa que ela se envolveu em uma confusão com algumas presidiárias da cela.

A nota ressalta ainda que além de Marla ter sido encaminhada para o IML para exame de corpo delito, foram tomadas medidas de segurança para resguardá-la.

A Seciju ressalta também que foi instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar as reais circunstâncias.

Por fim, a nota informa que as unidades prisionais femininas do Estado não dispõem de celas especiais

Leia a íntegra da nota
“A Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), por meio do Sistema Penitenciário, informa que Marla Cristina Barbosa Santos se envolveu em uma confusão com algumas presidiárias da cela em que estava na Unidade Prisional Feminina (UPF) de Palmas.

De imediato, a chefia da unidade tomou as providências que exigem este tipo de ocorrência, como o registro em Boletim de Ocorrência (BO) e o encaminhamento dela para o Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo delito. Além disso, foram tomadas medidas de segurança para resguardá-la.

A Seciju informa ainda que, internamente, foi instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar as reais circunstâncias. As unidades prisionais femininas do estado não dispõem de celas especiais.”
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