Procurador diz não ver razões para pedir prisão de Lula Responsável pela sustentação oral do Ministério Público Federal em julgamento no próximo dia 24, Maurício Gotardo Gerum entende que ex-presidente cometeu três crimes de corrupção e pedirá aumento de pena
Procurador diz não ver razões para pedir prisão de Lula
Responsável pela sustentação oral do Ministério Público Federal em julgamento no próximo dia 24, Maurício Gotardo Gerum entende que ex-presidente cometeu três crimes de corrupção e pedirá aumento de pena
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Julia Affonso e Luiz Vassallo
18 Janeiro 2018 | 15h41
Lula. Foto: Nilton Fukuda/Estadão
O procurador regional da República Maurício Gotardo Gerum, que vai defender o aumento da pena de Lula durante julgamento no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, afirmou nesta quinta-feira, 18, por meio de nota, que não ‘vê razões para formalizar’ pedido de prisão contra o ex-presidente. Responsável pela sustentação oral em julgamento de recurso da defesa do petista contra a pena de 9 anos e 6 meses no caso triplex, entende que Lula cometeu três crimes em vez de um, como sentenciou o juiz federal Sérgio Moro.
“O procurador regional da República Mauricio Gotardo Gerum não formalizou, e não vê razões para formalizar, qualquer pedido em relação à prisão cautelar do ex-presidente”, afirma a Procuradoria Regional da República da 4ª Região.
Para Gerum, ‘ em caso de condenação dos réus da referida ação penal, qualquer medida relativa ao cumprimento de pena seguirá o normal andamento da execução penal, não havendo razões para precipitá-la’.
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O ex-presidente será julgado no dia 24, pelo TRF-4. Ele apela da sentença de Moro, que o condenou por corrupção passiva e lavagem de dinheiro O magistrado da Lava Jato entendeu que o triplex no condomínio Solaris, no Guarujá, e suas respectivas reformas custeadas pela OAS, foram formas de pagamento de propinas de R$ 2,2 milhões ao ex-presidente.
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Os recursos de Lula e de outros seis réus do processo do triplex serão julgados pelo desembargadores da 8.ª Turma da Corte federal – João Pedro Gebran Neto, Victor Laus e Leandro Paulsen.
Para a Procuradoria da República da 4ª Região, Lula cometeu um crime de corrupção para cada contrato entre a OAS e a Petrobrás. O juiz Sérgio Moro considerou que o ex-presidente cometeu um delito neste enquadramento.
Gerum ainda vai sustentar que há “nexo causal” entre a assinatura dos contratos e o recebimento de propina por Lula.
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