Nova rebelião em presídio de Goiás tem troca de tiros entre facções
Nova rebelião em presídio de Goiás tem troca de tiros entre facções
Vistoria na colônia agroindustrial de Aparecida (GO)
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CLEOMAR ALMEIDA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA04/01/2018 20h46 - Atualizado às 22h18
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Uma nova rebelião estourou, na noite desta quinta-feira (4), na colônia agroindustrial do regime semiaberto do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital, três dias depois do primeiro conflito que deixou, no primeiro dia do ano, nove mortos e 14 feridos.
Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), o confronto teve até troca de tiros entre presos de facções rivais, mas foi rapidamente neutralizado pela Polícia Militar e não registrou mortes.
Em nota, o órgão informou que houve uma tentativa de invasão de presos da ala C nas demais alas do presídio e que um detento fugiu durante o episódio, aumentando para 87 o número de foragidos da unidade desde segunda-feira (1º). Houve troca de tiros entre os rebelados e policiais militares enviados para reforçar a segurança do local.
De acordo com o governo do Estado, os presos rebelados são integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capita) e os seus principais rivais são do CV (Comando Vermelho). O serviço de inteligência policial da SSPAP já monitorava a ação dos presos e a tentativa de rebelião foi rapidamente controlada.
O conflito ocorreu no mesmo dia em que o presidente do TJ-GO (Tribunal de Justiça do Estado de Goiás), desembargador Gilberto Marques Filho, enviou à presidente do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, relatório da vistoria de inspeçãorealizada nesta quarta na unidade do semiaberto.
Mais cedo, de acordo com agentes prisionais, circulou em um grupo de Whatsapp um áudio de um preso convocando reforços para a nova rebelião.
"Vamos invadir o galpão hoje, onde é dominado por aqueles lixos da ala B e do Comando Vermelho. Vamos invadir lá, colocar fogo e matar esses lixos tudinho. Estou pedindo o apoio de vocês para não deixar a desejar ali com os nossos companheiros", diz um dos trechos. A voz, dizem agentes prisionais, é de um preso.
A ata da última vistoria na unidade, também enviada à ministra, relata que presos ouvidos por juízes disseram que "os agentes não conseguem dominar a cadeia", conforme registrado no documento. Segundo eles, a unidade do semiaberto é dominada por presos das alas C e B, que são rivais.
A ministra Cármen Lúcia programou, para a próxima segunda-feira (8), uma inspeção no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Com isso, ela resgata sua agenda de inspeções em unidades prisionais pelo país. Segundo o CNJ, até outubro do ano passado, ela visitou 14 presídios.
Divulgação
Colônia Agroindustrial, onde a rebelião ocorreu na tarde desta segunda-feira (1º)
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