Motorista que atropelou médico Pedro Caldas pode responder por homicídio doloso Polícia denuncia em relatório que Iolanda Fregonesi nunca teve CNH, tem mais de 20 multas por excesso de velocidade e embriaguez ao volante e já se envolveu em outro atropelamento em Palmas.

Motorista que atropelou médico Pedro Caldas pode responder por homicídio doloso Polícia denuncia em relatório que Iolanda Fregonesi nunca teve CNH, tem mais de 20 multas por excesso de velocidade e embriaguez ao volante e já se envolveu em outro atropelamento em Palmas.
03/01/2018 10:47:17 - Atualizada em 03/01/2018 11h17min Alechandre Obaid e Ana Cássia Costa

Em coletiva delegado apresenta relatório e denuncia Iolanda Fregonesi Alechandre Obaid/ T1 Notícias

A polícia civil apresentou, por meio de coletiva, na manhã desta quarta-feira, 03, a conclusão do inquérito sobre a morte do médico Pedro Caldas, de 40 anos, que foi atropelado na marginal leste da TO 050 em Palmas e morreu após 34 dias em coma na UTI de um hospital particular da capital. De acordo com o relatório, Iolanda Fregonesi, a motorista do veículo que atropelou o médico, vai responder por quatro crimes: homicídio qualificado, homícidio doloso contra o médico com intenção de matar, embriaguez ao volante e homicídio tentado contra Moacir Naoyuk Ito, que praticava esporte com o médico.



O delegado Hudson Guimarães Leite, adjunto da Delegacia de Repressão a Crimes de Trânsito (DRCT), informa que no relatório também está inclusa a vítima do atropelamento Moacir Naoyuk Ito. "Iolanda Costa Freganesi estava sem habilitação legal e em estado de embriaguez etílica e atropelou Pedro de Paula Caldas, que foi a óbito em virtude das lesões sofridas e no mesmo dia, hora e local, atropelou ainda, Moacir Naoyuk Ito, causando-lhes lesões corporais", diz o relatório.



O aspecto mais grave, relatado no relatório, é que Iolanda conduzia o veículo em estado de embriaguez, percebido pelos agentes de Trânsito e Transporte que compareceram no local assim que o fato ocorreu. O delegado afirma que os agentes tiveram que abaixar os vidros do carro de tão forte que era o cheiro de álcool no veículo.



A Polícia aponta ainda situações gravíssimas sobre a motorista no relatório como o fato de ela nunca ter tido a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), "começou processo em 2014, mas abandonou" e o de ter pelo menos 20 multas por embriaguez e excesso de velocidade, além de ser acusada de se envolver em outro atropelamento.



Segundo o delegado, em 31 de julho de 2016, Iolanda Fregonesi se envolveu em outro acidente e atropelou um casal na Avenida Tocantins, entrada de Taquari, região sul de Palmas. O casal teve ferimentos. A polícia afirma que a motorista estava "possivelmente embriagada e sem documentação, pois não tem a carteira de habilitação".



A vítima do atropelamento, Ana Lucya Alves da Cunha Silva, confirmou à polícia que foi atropelada por Iolanda Fregonesi, juntamente com seu esposo. As informações estão no relatório da Polícia Civil.



Polícia quer processo na Vara Criminal e Juri Popular



A motorista pode ter o processo de acusação levado a julgamento pela 1ª Vara, que é criminal. Atualmente está na 3ª Vara. O delegado afirma que a Polícia quer que se investiguem os crimes contra a vida praticados por Iolanda Fregonesi, mesmo que ela não tenha feito o teste de bafômetro, já que por direito poderia se recusar, situação que pode ter afetado as conclusões da Polícia, mas que no entanto há outras provas robustas de embriaguez.



A Polícia espera que a Justiça aplique uma pena para Iolanda pedagógica para quem dirige alcoolizado, reitera que a Delegacia está inovando nas apurações e acredita que o Ministério Público e o Tribunal de Justiça vão concordar com o relatório e levar à denunciada a Júri Popular.



A partir desta quarta, o promotor da Vara para onde foi o inquérito concluído tem 15 dias para apresentar denúncia contra a motorista. Ela deve aguardar em liberdade até o julgamento, mas a Polícia Civil espera que a mesma seja proibida de dirigir.