Médico que molestou ginastas americanas é condenado à prisão por abusos contra 156 mulheres
Médico que molestou ginastas americanas é condenado à prisão por abusos contra 156 mulheres
24 janeiro 2018
Direito de imagemREUTERSImage captionMédico foi acusado de abuso por quase 160 mulheres
O ex-médico da equipe de ginástica artística americana Larry Nassar foi condenado à prisão após o testemunho de 156 mulheres que o acusaram de abusos sexuais.
As acusações contra o médico vieram à tona a partir do segundo semestre de 2017 e se intensificaram em outubro, quando McKayla Maroney, também ginasta da seleção americana, afirmou ter sofrido abusos por parte dele desde os 13 anos.
Sua sentença será de no mínimo 40 anos e pode chegar a 175 anos. "Carregarei suas palavras comigo para o resto dos meus dias", disse Nassar às suas vítimas no tribunal.
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O médico de 54 anos admitiu ser culpado nas múltiplas acusações feitas por mulheres de diferentes idades, entre elas ginastas.
A juíza Rosemarie Aqualina disse a Nassar ao proferir a sentença que ele "viverá na escuridão pelo restante de sua vida".Direito de imagemREUTERSImage caption'O senhor não merece sair da prisão nunca mais', disse a juíza
Ela acrescentou que não mandaria nem seus cachorros para serem examinados por ele e afirmou que ao condená-lo "está assinando sua sentença de morte".
"A honra e o privilégio de ouvir estas sobreviventes é a mesma honra e privilégio de condená-lo. Porque, senhor, você não merece sair da prisão nunca mais."
O julgamento levou sete dias, durante os quais as vítimas de Nassar contaram sobre os abusos cometidos por ele. Foi dado ao médico a oportunidade de falar com essas mulheres.
"O que estou sentindo não é nada perto da dor, do trauma e da destruição emocional pela qual vocês estão passando", disse ele perante um tribunal lotado.
"Não há palavras para descrever o quanto me arrependo do que ocorreu", afirmou Nassar, que já havia sido condenado em dezembro a 60 anos de prisão por posse de pornografia infantil.Direito de imagemAFPImage captionTestemunhas relataram abusos ao longo de sete dias
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