MÉDICO ASSASSINO-Laudo aponta que professora de Palmas morreu de asfixia por estrangulamento

Laudo aponta que professora de Palmas morreu de asfixia por estrangulamento
DA REDAÇÃO16 de Jan de 2018 - 11h30, atualizado às 13h33
COMPARTILHE

Foto: Divulgação

Danielle Christina Lustosa Grohs foi encontrada morta no dia 18 de dezembro do ano passado, em sua residência
A Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO) confirmou na manhã desta terça-feira, 16, que o resultado do laudo necroscópico, realizado pelo Instituto Médico Legal de Palmas (IML) apontou que a professora Danielle Christina Lustosa Grohs morreu de asfixia mecânica por esganadura. Ela foi encontrada sem vida no início da noite do dia 18 de dezembro do ano passado, em sua residência, na Quadra 1.104 Sul, em Palmas. O principal suspeito do crime é o médico Álvaro Ferreira da Silva, ex-marido da vítima.

De acordo com a SSP, com o resultado, o titular da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Palmas, que preside o inquérito, Pedro Ivo Costa Miranda, passará para a fase de interrogatório do investigado, com previsão de realização nos próximos dias.

Álvaro já respondia a processos por violência doméstica e existia até uma medida protetiva que o obrigava a manter 500 metros de distância da professora. Dois dias antes do crime, Danielle registrou mais um boletim de ocorrência por agressão. Com isso, o ex-marido da vítima chegou a ser detido e passou a noite na prisão. Após audiência de custódia, no dia seguinte, ele foi liberado.

Médico nega
A defesa do médico disse ao CT que tudo que se diz sobre seu cliente “é mentira”. “Ele [Álvaro] está sendo acusado de um crime que tem como provar que não cometeu, porque não estava em Palmas”, garantiu a advogada do suspeito, que preferiu não ser identificada.

Segundo ela, Silva saiu da prisão para uma chácara de amigos fora de Palmas. "O que o pessoal que estava com ele tem a dizer já descarta qualquer possibilidade que ele tenha sido o autor desse crime, porque da chácara, no outro dia, ele foi direto para o aeroporto de Uber e embarcou às 7 horas”, afirmou a advogada.

Contudo, em entrevista exclusiva ao CT no dia 20 de dezembro, Simara Lustosa, mãe de Danielle, falou sobre o relacionamento "tumultuado" da vítima com o ex-marido. Emocionada, revelou que ele tinha o comportamento "extremamente agressivo" e de "psicopata": "Danielle dizia que tinha medo dele".

No dia 22, Edson Ferreira Alecrim, advogado da professora relatou que outras pessoas já haviam sofrido agressão e ameaças do ex-marido da vítima, inclusive ele. Para o advogado, todos os fatos "leva a crer" que o médico é o suspeito do crime.

"Ela falava que o Álvaro sempre foi agressivo, brigavam, ele batia nela e ela sempre tolerando pra ver se a pessoa mudava, mas ela disse que não tinha jeito. No sábado [16] ele tentou estrangular ela e como não conseguiu ameaçou matar ela.

Prisão
Em trabalho conjunto, a Polícia Civil de Palmas, Goiás e São Paulo conseguiu prender na quinta-feira, 11, na cidade de Anápolis (GO), Álvaro Ferreira Silva. O médico, que foi transferido para Palmas na sexta-feira, 12, vai cumprir a prisão temporária decretada pela Justiça de 30 dias, por crime de homicídio hediondo.

Nesse período, a DHPP da Capital deve concluir o inquérito e apresentar o resultado. A Polícia trabalha com outras linhas de investigação, mas em sigilo.

Leia a íntegra da nota
“A Secretaria de Estado da Segurança Pública informa que o laudo de exame necroscópico da vítima Danielle Christina Lustosa Grohs, requisitado pela autoridade policial que preside o respectivo inquérito, Pedro Ivo Costa Miranda, titular da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Palmas, foi concluído e teve como resultado a constatação de causa da morte a asfixia mecânica por esganadura.

Munido das informações constantes no exame pericial, passará o delegado à fase de interrogatório do investigado, Álvaro Ferreira Silva, com previsão de realização nos próximos dias.”