Justiça cobra de Funaro imagens de sua prisão domiciliar
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Justiça cobra de Funaro imagens de sua prisão domiciliar
O delator terá dez dias para enviar o material
MARCELO ROCHA
17/01/2018 - 11h00 - Atualizado 17/01/2018 15h17
O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, determinou que o operador do mercado Lúcio Bolonha Funaro forneça, em dez dias, as imagens do monitoramento eletrônico que está sendo feito do local onde cumpre prisão domiciliar, uma fazenda no interior de São Paulo. No início desta semana, advogados de Funaro enviaram à 10ª Vara informações sobre a disposição das câmeras instaladas no local, dois relatórios de registros de monitoração eletrônica e uma lista de pessoas e de funcionários que tiveram acesso à fazenda. No despacho, Leite afirmou que “a imagem utilizada para mapear a distribuição das câmeras não abrange a totalidade da área ocupada pela propriedade onde se encontra cumprindo prisão domiciliar; e que os vídeos contidos não puderam ser visualizados”.
Funaro cumpre prisão domiciliar desde o fim do ano passado como parte do acordo de delação premiada firmado com a Procuradoria-Geral da República. Ele aproveita a nova condição, conforme antecipou EXPRESSO, para se dedicar a novos anexos da colaboração que se comprometeu a entregar ao Ministério Público Federal.
O juiz manifestou preocupação com as dificuldades operacionais da Justiça em monitorar o cumprimento da prisão domiciliar “haja vista o reduzido quadro de servidores disponíveis e a inexistência nesta unidade de sala com monitores que operem diuturnamente e em número suficiente, bem como a ausência de corpo de segurança que avalie a adequação das câmeras, quanto ao número necessário de aparelhos, locais de funcionamento, qualidade das imagens e ângulo de cobertura, para proporcionar melhor fiscalização da prisão domiciliar”.
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