Em defesa, advogado de Lula faz acusações graves ao juiz Moro
Em defesa, advogado de Lula faz acusações graves ao juiz Moro
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Em defesa, advogado de Lula faz acusações graves ao juiz Moro. Cristiano Zanin não poupou palavras e ataques a Sérgio Moro e ao MPF, na manhã desta quarta-feira (24).
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O advogado de defesa de Lula, Cristiano Zanin Martins, utilizou grande parte da sua sustentação oral para atacar o juiz Sérgio Moro e a força tarefa da Operação Lava Jato. O ex-presidente está sendo julgado em Porto Alegre, nesta quarta-feira (24).
A suspeição do juiz
Em sua defesa, Zanin apelou para levantar a hipótese de que o juiz Sérgio Moro seria suspeito, parcial e que teria cometido atos graves. Atos esses que, segundo o advogado, teria objetivo de gerar fatos políticos. Citou a divulgação da conversa entre Lula e Dilma, que teve sua liberação autorizada pelo juiz de primeira instância.
A defesa também se declarou vítima de ataque em um parágrafo da sentença proferida pelo juiz Moro, que teria ainda, segundo Zanin, usado o segundo parágrafo para sua autodefesa.
Isso foi posto pelo incômodo expressado por sua excelência ao ser acionado. Para o advogado, a ação movida contra o juiz federal foi justa, visto que esse havia autorizado a divulgação de conversar que, ao seu ver, eram pessoais e, portanto, invioláveis. Isso teria permitido o ex-presidente e seus familiares a moverem a ação. Como foi feito.
O advogado acusou ainda o juiz de estar incomodado com a parte e que, por isso, não teria imparcialidade para julgar.
Cerceamento da defesa
Ainda em sustentação, Zanin disse ter havido o cerceamento da defesa, quando diversas provas, por ele requeridas, teriam sido negadas pelo juiz Moro. Dando ênfase a uma em que teria o objetivo de identificar o caminho do dinheiro.
“Ele construiu uma acusação própria!”, acusou Zanin.
Segundo ele, o juiz teria deixado de lado os três contratos objetos da denúncia e que ainda teria se contradito, visto que ele mesmo já havia reconhecido os contratos como objeto da ação.
“O juiz não pode criar uma nova acusação só para condenar o réu, porque isto já foi pre-estabelecido. Mas isso ocorreu!”, acusou.
Ataque aos procuradores
Os ataques verbais também foram estendidos aos procuradores do Ministério Público Federal, que, para a defesa, já tratavam o acusado como culpado desde o oferecimento da denúncia na ação que teria sido apresentada através do programa de computador Powerpoint.
Ressaltou ainda que houve abuso do direito de acusar, inerente ao MPF, e que esse abuso não poderia ser aceito. Entre outras acusações, o advogado evidenciou que haveria motivações políticas para a denúncia, e que o próprio conselho nacional do MP teria recomendado que um de seus agente parasse de usar suas redes sociais para veicular manifestações políticas.
Para ele, havia uma tentativa por parte dos procuradores de tentar extrair consequências políticas do acusado no processo. Isso não poderia ocorrer, pois o poder do Estado tem limite e não poderia ser utilizado desta forma, ressaltou o advogado.
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