Alckmin diz que 'PSDB será protagonista na união do País' Governador dá declaração após FHC dizer ao 'Estado' que partido pode apoiar outro nome na eleição se paulista não conseguir unir o centro



Alckmin diz que 'PSDB será protagonista na união do País'
Governador dá declaração após FHC dizer ao 'Estado' que partido pode apoiar outro nome na eleição se paulista não conseguir unir o centro
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Marianna Holanda, O Estado de S.Paulo

04 Janeiro 2018 | 13h03


O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse nesta quinta-feira, 4, que o candidato à Presidência da República neste ano deve unir o País e que o PSDB será “protagonista” nessa união. As declarações foram dadas dois dias depois de o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmar ao Estado, que pode apoiar outro nome na disputa, se Alckmin não conseguir unir o centro.


O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes Foto: Rafael Arbex/Estadão

“Vamos trabalhar para unir o País. Unir em torno de um projeto, de uma proposta, é isso que o presidente Fernando Henrique defende e nós também defendemos. Vamos unir o Brasil e o PSDB será protagonista nesse trabalho de poder unir o País, para poder retomar o crescimento”, afirmou o governador, que também é presidente do partido, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.


Alckmin iniciou sua fala concordando com trecho da entrevista do ex-presidente, que o País estaria cansado da divisão. Após a repercussão negativa entre tucanos das declarações ao Estado, FHC soltou uma nota reforçando o apoio a Alckmin.





Citando que o País tem 28 partidos no Congresso, o governador reconheceu, contudo, que “não será possível unir todo mundo, evidente”. Ao lado do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Alckmin disputa o apoio do Planalto nas eleições, como reconheceu o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, em entrevista ao Estado publicada nesta quinta. O tucano disse que o processo de alianças “vai maturando” e que “ninguém vai dizer que não tem candidato em janeiro”.

Questionado se ele teria mais o perfil de candidato que outros possíveis nomes para o centro, como Meirelles e Maia, Alckmin disse que não é fruto “nem da dinastia política, e nem de riqueza pessoal”. “Sou fruto do povo. Com 25 anos de idade, tava na periferia da minha cidade natal trabalhando junto com a população, junto com o povo”, disse. Maia é filho do ex-prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, e Meirelles foi presidente de bancos e integrou conselhos de empresas.

O governador citou o desempenho nas últimas eleições estaduais, em que venceu em 644 dos 645 municípios paulistas, e uma frase do ex-governador Mário Covas, que diz que “o povo erra menos que as elites”. “Acredito muito no julgamento das pessoas. Precisamos é levar a eles todas as informações”, afirmou.

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