Para pressionar líderes, governo antecipa calendário da Previdência
Para pressionar líderes, governo antecipa calendário da Previdência
Pedro Ladeira/Folhapress
Presidente Michel Temer acompanhado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)
DANIEL CARVALHO
DE BRASÍLIA09/12/2017 21h22
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vai começar a discutir em plenário na próxima quinta (14) a reforma da Previdência.
Por falta de votos, o governo havia encerrado a semana marcando para o dia 18 o início das discussões.
Com isso, a votação em si é que começaria no dia 18, quatro dias antes do recesso parlamentar.
A intenção do governo é forçar líderes da base aliada a falar a favor da reforma. Com isso, a expectativa é aumentar o número de votos.
Ainda neste sábado (9), o PPS, cuja bancada tem 9 deputados, decidiu fechar questão a favor da reforma da Previdência. Ou seja, os deputados do partido que votarem contra a reforma devem sofrer punições que chegam à expulsão da legenda.
Outros dois partidos já haviam anunciado fechamento de questão: PMDB (60 deputados) e PTB (16).
Se chegar ao fim de semana com um patamar seguro, Maia dará início à votação na semana seguinte.
O texto precisa de 308 votos em dois turnos para ser aprovado na Câmara, por se tratar de uma PEC (proposta de emenda à Constituição).
A contagem mais recente indicava 270 votos a favor da reforma. A meta do governo é conquistar os cerca de 40 votos necessários para a aprovação nas próximas semanas, com liberação de verbas e remanejamento de cargos.
Entre as medidas para agradar parlamentares –e que elevam os gastos públicos–, estão repasses aos Estados, a liberação recursos de emendas parlamentares ainda não executados, além dos projetos de renegociação de dívidas com o fisco.
O governo ainda estuda devolver cargos a deputados que haviam sido punidos por votar contra o governo nos últimos meses.
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