Investigados na 6ª fase da Ápia prestam depoimento na PF em Palmas Além de dois deputados federais, seis pessoas foram intimadas para depor no Tocantins. Operação apura crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no Tocantins.


Investigados na 6ª fase da Ápia prestam depoimento na PF em Palmas

Além de dois deputados federais, seis pessoas foram intimadas para depor no Tocantins. Operação apura crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no Tocantins.




Por G1 Tocantins

13/12/2017 15h43 Atualizado há 1 hora





























Empresários são ouvidos na sexta fase da operação Ápia; Dulce Miranda e Gaguim são alvos



Além dos deputados federais Dulce Miranda (PMDB) e Carlos Gaguim (PODE), outras seis pessoas foram intimadas a depor na 6ª fase da operação Ápia. Alguns prestaram depoimento durante a manhã desta quarta-feira (13) e outros ainda estão na sede da Polícia Federal. Também foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão. A operação foi deflagrada no Tocantins e no Distrito Federal.


A PF informou que nesta fase da operação, apura-se os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro decorrentes de vários pagamentos de propinas realizados pela empresa Construtora Rio Tocantins (CRT), de propriedade do colaborador Rossine Ayres Guimarães, a políticos. Confira quem são os outros intimados para depor na operação. (Veja vídeo)



Benedito Faria - dono de uma rede de postos de combustíveis. Ele passou a manhã depondo na sede da Polícia Federal.
Aline Rassi - filha dos ex-vice-governador do Tocantins Eduardo Machado. Ele foi vice quando Carlos Gaguim foi governador do Tocantins, durante um mandato-tampão.
Igue do Vale - Ex-deputado estadual que coordenou a campanha de Gaguim em 2010, quando ele tentou uma reeleição após o mandato-tampão.
Ângelo Crema Marzola - Ex-presidente da Federação da Agricultura no Estado Tocantins.
Reinaldo Pagani - que seria parente da deputada federal Dulce Miranda.
Lindomar Borges de Oliveira - que seria administrador de uma das fazendas da família Miranda.




Os nomes foram apurados pela reportagem da TV Anhanguera. O advogado de Lindomar informou, por telefone, que o cliente não tem nenhum vínculo empregatício com os envolvidos na operação. Segundo ele, o homem é corretor de imóveis e somente vendeu uma fazenda para Rossine Ayres há muito tempo. Disse ainda que Lindomar não é investigado e apenas foi contribuir com as investigações.


Após prestar depoimento na sede da Polícia Federal, Benedito Faria disse que não queria se manifestar. Aline Rassi e o advogado dela também disseram que não vão se manifestar.



O ex-deputado Igue do Vale conversou com a TV Anhanguera e negou qualquer envolvimento ou ato ilegal. Disse que tem a consciência limpa e não participou de nenhum esquema e está à disposição da polícia e da Justiça.


Ângelo Crema, Reinaldo Pagani e Lindomar Rodrigues ainda prestavam depoimento e não se manifestaram sobre as intimações.


Em nota, o deputado Carlos Gaguim disse que as acusações são infundadas e desconhece valores que teriam sido repassados pelo delator Rossine Aires, por meio de doações. Foi a partir do depoimento dele que teve início as investigações desta 6ª fase da operação. Confira a nota completa.


A assessoria de Dulce Miranda informou, em nota, que a Polícia Federal (PF) fez buscas e apreensões no gabinete dela e no apartamento funcional, em Brasília. "Não houve condução coercitiva, o meu depoimento foi agendado e compareci à PF, em veículo próprio."


A deputada disse desconhecer o teor do processo e da investigação.



Suspeitos prestam depoimento na sede da PF, em Palmas (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)




Busca e apreensão




A Polícia Federal também cumpriu 16 mandados de busca e apreensão no Tocantins e em Brasília durante a manhã desta quarta-feira (12). Foram feitas buscas nos gabinetes dos deputados federais, na Câmara dos Deputados, em apartamentos funcionais e casas de Palmas e Araguaína, no norte do Tocantins.



Os investigadores, inclusive, ficaram mais de uma hora na casa do governador Marcelo Miranda, em Palmas.




Entenda




A PF informou que nesta fase da operação, apura-se os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro decorrentes de vários pagamentos de propinas realizados pela empresa Construtora Rio Tocantins (CRT), de propriedade do colaborador Rossine Ayres Guimarães, a políticos.


VEJA MAIS SOBRE A OPERAÇÃO ÁPIA
Segundo a assessoria da Polícia Federal, o esquema de corrupção teria desviado recursos públicos direcionados a obras de terraplanagem e pavimentação asfáltica no Tocantins. Os contratos sob suspeita ultrapassaram R$ 850 milhões. Conforme a PF, as obras foram financiadas com empréstimos internacionais obtidos pelo governo do Tocantins e com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Os financiamentos para bancar as obras de infraestrutura do programa batizado de Proinveste e Proestado somaram R$ 1,2 bilhão. O governo federal atuou como avalista da dívida adquirida com o Banco do Brasil.
Os investigadores apuraram que foi montado um esquema de corrupção para desviar parte dos recursos que seriam aplicados no programa de pavimentação asfáltica. A Operação Ápia afirma que houve direcionamento das licitações do programa de infraestrutura e que empresários receberam pagamentos por serviços não executados em troca de propinas.
Ainda segundo as investigações, o núcleo político deste esquema de corrupção era responsável por garantir as contratações e o recebimento de verbas públicas indevidas por parte dos empresários ligados à organização criminosa.

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