General bósnio-croata Praljak se envenenou com cianeto Slobodan Praljak tomou a substância durante a leitura de sua sentença de crimes de guerra e crimes contra a humanidade
General bósnio-croata Praljak se envenenou com cianeto
Slobodan Praljak tomou a substância durante a leitura de sua sentença de crimes de guerra e crimes contra a humanidade
Por AFP
access_time1 dez 2017, 21h58
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Slobodan Praljak - Condenado por crimes cometidos durante a guerra da Bósnia, o ex-general tomou veneno após ser confirmada sua sentença de vinte anos de prisão (ICTY/AP)
O general bósnio-croata Slobodan Praljak, que se suicidou na quarta-feira diante dos juízes do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII) em Haia, morreu de um ataque cardíaco provocado por cianeto de potássio, anunciou nesta sexta-feira a Promotoria holandesa.
“Os resultados preliminares das análises toxicológicas mostraram que Praljak tinha uma grande concentração de cianeto no sangue”, explicou a Promotoria em comunicado. “Isso provocou uma insuficiência cardíaca, o que se observa como possível causa de sua morte.”
Paralelamente, o TPII começará uma investigação interna na semana que vem como complemento da investigação da Promotoria holandesa, solicitada pelo tribunal.
O suicídio de Praljak, de 72 anos, aconteceu durante a leitura de sua sentença de 20 anos de prisão no julgamento. O ex-general levou à boca um frasco enquanto o juiz anunciava sua decisão. “Acabei de tomar veneno”, pronunciou.
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Praljak foi condenado de crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos durante o conflito entre croatas e muçulmanos na Guerra da Bósnia. Outros cinco ex-dirigentes e ex-chefes militares bósnio-croatas também foram considerados culpados no mesmo julgamento.
A necropsia do corpo foi realizada em Rijswijk, perto de Haia, no Instituto Médico Legal holandês, reconhecido como um dos mais importantes laboratórios de medicina forense do mundo. Dois especialistas croatas foram enviados “a pedido do TPII” como observadores.
Dois dias depois ainda não se sabe como o acusado obteve o veneno, burlando todos os controles de segurança entre sua cela e a sala de audiência. Especula-se que o ex-general pode ter recebido ajuda de um dos funcionários do centro de detenção de Scheveningen, onde estava preso.
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