Empréstimo a governador petista irrita aliados de Temer
Empréstimo a governador petista irrita aliados de Temer
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Coluna do Estadão
30 Dezembro 2017 | 05h30
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Enquanto o governo ameaça os aliados de retaliação se não votarem a reforma da Previdência, o Banco do Brasil acaba de liberar R$ 600 milhões para o governo da Bahia, comandado pelo PT, maior adversário do Planalto. O DEM e o PPS estão em pé de guerra porque o dinheiro chega para o governador petista Rui Costa no ano eleitoral de 2018, quando Rui irá tentar a reeleição. Seu principal adversário na disputa será o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). Aliado do demista, Arthur Maia (PPS) já falou até em deixar a relatoria da Previdência.
Bastidores. O senador Otto Alencar (PSD-BA), aliado do governador Rui Costa, diz que o presidente Temer prometeu liberar o empréstimo em troca de os deputados do PSD da Bahia ajudarem a garantir quórum na votação da 2.ª denúncia contra ele.
Trato é trato. O partido cumpriu sua parte com a presença dos cinco deputados do PSD da Bahia no plenário. Eles votaram contra Temer, mas ajudaram a garantir a sessão que decidiu pelo arquivamento da acusação contra o presidente.
Cumpre-se. O empréstimo saiu dois meses depois da votação quando já havia ordem judicial para ser liberado. O BB diz que não comenta o assunto.
Deixa disso. A liberação de empréstimo do Banco do Brasil para o governo do PT no Ceará também gerou atrito com aliados da base. No entanto, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), contornou a situação assumindo a paternidade da liberação.
#prontofalei. Incentivador da campanha de Rodrigo Maia ao Planalto, o deputado Danilo Forte (DEM-CE) reforça a corrente da sigla que defende o desembarque do governo Temer. “Se o DEM quer ter uma cara nova, não pode caminhar ao lado das velhas companhias”, diz.
Segue o jogo. As articulações em torno de Rodrigo Maia não interromperam as conversas no Palácio do Planalto sobre sucessão presidencial, que giram em torno de Michel Temer e Henrique Meirelles (Fazenda).
Sinais Particulares: Henrique Meirelles, ministro da Fazenda; por Kleber Sales
E daí? Com três sobrinhos nomeados no Ministério do Trabalho, o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes, diz que não vê problemas em indicar parentes para cargos no governo.
La Garantia Soy Yo. “As pessoas recrutadas para trabalhar comigo foram escolhidas porque são eficientes e da minha confiança”, diz.
Tudo meu. Além dos parentes, Jovair indicou amigos para cargos no ministério do demissionário Ronaldo Nogueira. Entre eles, o secretário de Economia Solidária, Natalino Oldakiski.
CLICK. O ministro Alexandre de Moraes (Supremo) foi flagrado durante jantar no restaurante The Service 21, do hotel Anantara Chiang Mai, ao norte da Tailândia.
Foto: Coluna do Estadão
Tô fora. Secretário interino de governo da Prefeitura de São Paulo, Milton Flávio se recusou a assinar documento com a sanção da lei que deu o nome da ex-primeira-dama Marisa Letícia a um viaduto da capital.
Papo reto. Milton afirma que não vê razão para a homenagem. “Se não tivesse falecido, ela estaria condenada junto com o Lula. Ela não merece a homenagem”, diz. Não se sabe se o prefeito João Doria (PSDB), desafeto do ex-presidente, irá na inauguração da obra.
MEU DESEJO PARA 2018…
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
“Desejo que o Brasil siga no rumo de crescimento, geração de empregos e absoluto respeito à Constituição e às instituições”, DO PRESIDENTE DO SENADO, EUNÍCIO OLIVEIRA, especial para a Coluna do Estadão.
COM REPORTAGEM DE NAIRA TRINDADE E LEONEL ROCHA. COLABORARAM ISADORA PERON E CARLA ARAÚJO
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